A startup Varstation, plataforma do Hospital Israelita Albert Einstein, desenvolveu um exame genético para detecção em larga escala do novo coronavírus. A técnica é capaz de analisar até 16 vezes mais amostras, uma opção viável para realização de testagem em massa, e tem como vantagem não apresentar casos de falso-positivo, consiste na leitura de pequenos fragmentos de DNA para identificação de doenças ou mutações genéticas. Os pesquisadores adaptaram o método para detecção de RNA, presente na covid-19.
A coleta de amostras, retiradas do laboratório no Hospital Albert Einstein, foi feita com cotonetes estéreis (chamados de swab) colocados em contato com a região nasal ou com a saliva do paciente. Posteriormente, a amostra foi preparada seguindo protocolos; e a análise dos resultados ocorreu numa plataforma de bioinformática. O resultado, de acordo com o estudo, fica pronto em até três dias.
Atualmente, os exames sorológicos (testes rápidos) usados no país detectam anticorpos produzidos pelo organismo cerca de 14 dias após a contaminação. A taxa de falsos-negativos chega a 30%. O novo teste, por sua vez, é capaz de identificar a presença do coronavírus no corpo do paciente desde o primeiro dia de infecção. Segundo os pesquisadores, a previsão é que a novidade chegue aos hospitais até o início de junho.