A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais duas mortes por covid-19 nesta quarta-feira, 20 de maio. A cidade já soma 17 óbitos em decorrência do novo coronavírus e 618 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2. A taxa de letalidade é de 2,7%. Ainda assim, é inferior aos índices regional (4,4%), estadual (7,7%), nacional (6,5%) e mundial (6,7%).
Segundo o Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde, na terça-feira (19) um homem de 73 anos, portador de doença cardiovascular crônica e doença hepática crônica, morreu em hospital público da cidade. Nesta quarta-feira, uma mulher de 85 anos com diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica morreu em hospital particular. Em doze dias, desde 9 de maio, Ribeirão Preto registrou nove falecimentos, um a mais que os oito registrados entre o final de março e abril.
Por sexo, são nove homens (52,95%), de 36 anos, 41, 57, 68, 73 (duas vítimas), 76, 79 e 87 anos, e oito mulheres (47,06%), de 51 anos, 58, 70, 76, 80, 85, 88 e 89 anos de idade. Dezesseis tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica (94,1%). Apenas o homem de 76 anos não tinha doença autoimune (5,9%). Quatro pessoas tinham menos de 60 anos (23,5%) e 13 eram sexagenárias, septuagenárias ou octogenárias (76,5%).
O inquérito de avaliação da prevalência de marcadores virológicos e sorológicos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na população de Ribeirão Preto, realizado entre 1º e 3 e maio, constatou que 1,21% dos mais de 700 entrevistados está com a covid-19. Com base nessa pesquisa, o Hospital das Clínicas e a Secretaria Municipal da Saúde estimam que 8.305 ribeirão-pretanos estejam com a doença.
O mesmo estudo constatou que o novo coronavírus mata um em cada mil pacientes infectados em Ribeirão Preto. O relatório final da pesquisa, divulgado no sábado (16), concluiu que a letalidade da doença é de 0,10%, número inferior ao de capitais como São Paulo, Fortaleza (CE) e Manaus (AM). As 15 equipes envolvidas entrevistaram e testaram 709 casas divididas em cinco distritos sanitários da cidade para detectar a presença de anticorpos contra o coronavírus.
Além de os voluntários responderem a um questionário socioeconômico e sobre sintomas da doença, foram colhidas amostras de nasofaringe e de sangue para detectar a presença de anticorpos contra o coronavírus, o que seria um indicativo de infecção recente. O cálculo de letalidade levou em consideração os oito óbitos até então confirmados na cidade – até sábado esse número estava em doze – e a estimativa total de pacientes com infecção pregressa, ou seja, daqueles que já tiveram a doença, de 7.550.
As mortes por covid-19 em RP
– 26 de março: homem, 36 anos, imunodeficiente e com doença renal crônica Estava internado em hospital público
– 3 de abril: homem, 76 anos, sem comorbidades Estava internado em hospital privado
– 4 de abril: mulher, 89 anos, tinha doença neurológica crônica Estava internada em hospital público
– 5 de abril: homem, 57 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internado em hospital público
– 13 de abril: homem, 87 anos, tinha doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica Estava internado em hospital público
– 23 de abril: homem, 73 anos, tinha diabetes mellitus e doença pulmonar crônica Estava internado em hospital público
– 25 de abril: homem, 79 anos, tinha doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica Estava internado em hospital privado
– 26 de abril: mulher, 70 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital privado
– 9 de maio: mulher, 88 anos, tinha diabetes e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital privado
– 10 de maio: mulher, 51 anos, tinha diabetes, doença cardiovascular crônica e doença pulmonar crônica Estava internada em hospital privado
– 12 de maio: mulher, 76 anos, tinha diabetes e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital público
– 14 de maio: mulher, de 80 anos, tinha doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital público
– 14 de maio: homem, 68 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava em casa
– 15 de maio: mulher, 58 anos, tinha diabetes mellitus Estava em casa
– 16 de maio: homem, de 41 anos, com obesidade grau 3 e hipertensão arterial Estava internado na Santa Casa
– 19 de maio: homem de 73 anos, tinha doença cardiovascular crônica e doença hepática crônica Estava internado em hospital público
– 20 de maio: mulher de 85 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital particular