O Ministério de Minas e Energia informa que até domingo, 17 de maio, 330 empregados próprios da Petrobras, de 573 infectados pelo novo coronavírus (covid-19), já estão recuperados, enquanto 243 ainda se encontram em quarentena, de um universo de 46.416 trabalhadores.
O ministério deixou de divulgar os terceirizados que trabalham para a estatal, afirmando que com isso “os dados ficam mais precisos na apuração dentro do intervalo da publicação do boletim”. No último boletim com esse dado, a soma de empregados e terceirizados era de cerca de 800 pessoas.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também adotou a mesma medida e descontinuou um boletim que publicava diariamente. O último informe da ANP foi publicado no dia 13 de maio, um dia após a informação sobre a primeira morte entre trabalhadores que acessaram plataformas offshore.
De acordo com a agência, até o dia 12 de maio, 196 trabalhadores haviam sido infectados, o mesmo número divulgado no dia anterior. A agência informou que no dia 26 de abril foi registrada a primeira morte por covid-19 no setor. Perguntada, a ANP não soube informar porque parou de publicar seus informes.
A Petrobras também não informa quantos trabalhadores terceirizados estão infectados. O último número divulgado sobre os seus empregados apontava 222 pessoas contaminadas. A disseminação de casos na empresa levou ao aumento de cuidados nas suas unidades, como testagem rápida nos aeroportos que levam trabalhadores para as plataformas. Na semana passada, passou a testar também em refinarias.
Os sindicatos de trabalhadores da empresa têm denunciado diariamente, desde o início da pandemia, o que consideram descaso com os empregados. Uma campanha foi iniciada nas redes sociais pedindo a demissão do atual presidente, Roberto Castello Branco, e na segunda-feira (18), foram distribuídas ações judiciais pedindo a demissão do executivo.
Em reunião sobre o balanço na semana passada, a Petrobras informou que vem testando milhares de empregados e que multa as empresas terceirizadas que não cumprem as medidas de combate ao coronavírus nas suas operações. A estatal argumenta que tomou várias outras medidas, como isolamento de suspeitos e retirada imediata dos contaminados das unidades.