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Vírus afeta a coleta de lixo

JF PIMENTA-ARQUIVO

A prefeitura de Ribeirão Preto suspendeu temporaria­mente, desde esta terça-feira, 19 de maio, a coleta seletiva de resíduos sólidos na cidade, segundo decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM). De acordo com a ad­ministração, a decisão atende as recomendações da Associa­ção Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes) para a gestão do lixo durante a pandemia do novo coronavírus e a um pare­cer da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Também foi suspensa a triagem do material coleta­do, feita por cooperativa de catadores contratada pelo município. A coleta dos ma­teriais recicláveis ocorrerá juntamente com a dos de­mais resíduos domiciliares, nos mesmos dias e horários da coleta de lixo domiciliar já conhecidos pela população, sem qualquer prejuízo do serviço de limpeza urbana.

A medida tem por objetivo evitar o contato humano com os resíduos recicláveis, já que a triagem do material coletado é feita por catadores coopera­dos, e, assim, prevenir a disse­minação da covid-19 junto a esse grupo de trabalhadores.

A prefeitura ressalta que os catadores cooperados, que totalizam 39 pessoas, são as­sistidos por programa mu­nicipal de assistência social, com recebimento mensal de cesta básica, e que reforçou a distribuição de máscaras, produtos de limpeza e álcool para eles.

Em Ribeirão Preto, a Estre Ambiental é a empresa res­ponsável pelos principais ser­viços de limpeza pública. A concessionária venceu o pre­gão eletrônico realizado em 30 de maio de 2018, no valor de R$ 63,9 milhões. O valor pago por tonelada para a coleta e o transbordo é de R$ 171,22 para o lixo domiciliar e cerca de R$ 600 para os recicláveis. A em­presa presta serviços de coleta de resíduos sólidos domici­liares, comerciais e de feiras livres, varrição manual e me­canizada de vias e logradouros públicos e limpeza e desinfec­ção de feiras livres.

Também faz a lavagem manual e mecanizada de vias e logradouros públicos e limpeza em locais com even­tos especiais e em situações emergenciais e a coleta de resíduos gerados por tais ati­vidades, serviço de coleta de resíduos domiciliares com caçambas abertas de cinco a sete metros cúbicos em nú­cleos e áreas de difícil acesso, coleta de resíduos volumosos (cata-trecos) e transporte, transbordo e destinação final dos resíduos coletados.

O edital listando os ser­viços contratados estimava a coleta de 20.700 toneladas de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e de feiras livres, a varrição manual de 36.500 quilômetros e a varrição me­canizada de 1.667 quilômetros, entre outros itens. Ribeirão Preto produz, diariamente, cerca de 540 toneladas de lixo domiciliar que são en­viadas ao aterro do Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) de Guatapará.

Levantamento feito junto à Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU) do município, responsável pelo gerenciamen­to deste serviço, revela que cada um dos 703.293 moradores de Ribeirão Preto produz, em me­dia, todos os dias, 800 gramas de lixo. Diariamente são reco­lhidos na cidade 562.634 qui­los de resíduos, o que totaliza por mês 16.879.320 quilos. Em Ribeirão Preto o lixo orgâni­co é levado para uma área de transbordo na Rodovia Mário Donegá e depois para o aterro Sanitário em Guatapará.

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