No dia em que Nelson Teich pediu demissão e deixou o confuso governo Jair Bolsonaro, mais 15.305 pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil, totalizando 218.223 casos confirmados de covid-19. Segundo o balanço do Ministério da Saúde, este é o maior número registrado em 24 horas desde o início da pandemia no país. O resultado marca um aumento de 7,5% em relação à quinta-feira (14), quando a infecção atingia 202.918 brasileiros.
O Brasil também registrou 824 novos falecimentos em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas e chegou ao total de 14.817 óbitos. O resultado representa um aumento de 5,3% em relação a anteontem, quando foram contabilizados 13.993 falecimentos. A taxa de letalidade está em 6,8%. Do total de casos confirmados, 118.436 (54,3%) estão em acompanhamento e 84.970 (38,9%) foram recuperados. Há ainda 2,3 mil mortes em investigação. Este último número subiu em relação a anteontem, quando eram dois mil óbitos sendo analisados.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (4.501). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (2.438), Ceará (1.476), Pernambuco (1.381) e Amazonas (1.145). Além disso, foram registradas mortes no Pará (1.145), Maranhão (496), Bahia (281), Espírito Santo (260), Alagoas (187), Paraíba (170), Minas Gerais (146), Rio Grande do Sul (126), Rio Grande do Norte (122), Paraná (120), Amapá (103), Santa Catarina (79), Goiás (67), Rondônia (62), Piauí (60), Acre (57), Distrito Federal (55), Sergipe (50), Roraima (40), Mato Grosso (26), Tocantins (24) e Mato Grosso do Sul (14).
Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (58.378), Ceará (22.490), Rio de Janeiro (19.987), Amazonas (18.392) e Pernambuco (16.209). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (12.109), Maranhão (10.739), Bahia (8.128), Espírito Santo (6.198) e Santa Catarina (4.562). O Ministério da Saúde diz que, desde o dia 26 de fevereiro, quando o primeiro caso foi confirmado no país, adotou uma série de medidas, junto a estados e municípios, para garantir a estrutura necessária ao atendimento dos pacientes com a doença.
Desde então, a pasta tem se esforçado para adquirir e distribuir equipamentos de proteção individual (EPIs), recursos humanos, recursos financeiros, respiradores e insumos. Entre abril e maio, também foram habilitados 3.810 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados exclusivamente para o atendimento de pacientes graves ou gravíssimos do coronavírus.
O grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford que está na corrida para desenvolver uma vacina contra o coronavírus prometeu finalizar em agosto os testes clínicos, que já foram aplicados em 1,1 mil voluntários no fim de abril. Mas a Agência Europeia de Medicamentos se mostrou cética quanto à promessa de ter uma cura para a covid-19 no mercado ainda neste ano, pois o desenvolvimento e o licenciamento desse tipo de medicamento leva mais tempo, e, no cenário mais otimista, isso aconteceria no prazo de um ano.