O Brasil registrou 396 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 11 de maio – 16 a cada 60 minutos. Com isso, o total oficial de vítimas fatais da covid-19 no país subiu de 11.123 para 11.519, alta de 3,5%. O número de casos confirmados da doença saltou de 162.699 para 168.331, com 5.632 novos registros entre domingo (10) e ontem, aumento de 3,5%.
Do total de casos confirmados, 82.344 estão em acompanhamento (48,9%) e 69.232 foram recuperados (41,1%). A taxa de letalidade está em 6,8%. Segundo o Ministério da Saúde, 1.897 óbitos estão em investigação. São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.743). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.770), Ceará (1.189), Pernambuco (1.087) e Amazonas (1.035).
Além disso, foram registradas mortes no Pará (708), Maranhão (399), Bahia (211), Espírito Santo (196), Minas Gerais (121), Paraíba (139), Alagoas (138), Paraná (111), Rio Grande do Sul (105), Rio Grande do Norte (92), Santa Catarina (69), Amapá (73), Goiás (49), Rondônia (47), Acre (45), Piauí (45), Distrito Federal (44), Sergipe (37), Roraima (24), Mato Grosso (19), Mato Grosso do Sul (11) e Tocantins (12).
O governo ressalta que o número de mortes registradas nas últimas 24 horas não indica efetivamente quantas pessoas faleceram de um dia para o outro, mas sim o número de óbitos que tiveram o diagnóstico de coronavírus confirmado nesse intervalo. Mesmo assim, este número vem crescendo.
Apenas nos últimos sete dias, incluindo novos registros de segunda-feira, 4 de maio, até domingo (10), foram 4.098 novos registros de óbito por covid-19 no país – 585 por dia. Especialistas apontam ainda que o número real de infectados e mortos pela doença deve ser maior que o indicado pelas estatísticas oficiais, uma vez que nem todos os casos chegam a ser testados.
Além disso, no Brasil, a epidemia tem assumido um perfil diferente do que outros lugares apresentaram. Pelo menos 45% das pessoas internadas no país por causa do novo coronavírus têm entre 20 e 59 anos. Segundo autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social é a “ferramenta” capaz de conter a disseminação rápida do vírus e assim evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde.
Especialistas brasileiros também já apontam a necessidade do chamado “lockdown” nos locais mais afetados, o que caracteriza o grau mais extremo do distanciamento social, no qual ele se torna obrigatório. Nesta segunda-feira, os conselhos de saúde que representam Estados e municípios rejeitaram a nova diretriz do Ministério da Saúde sobre o distanciamento social, principal promessa de Nelson Teich ao assumir a pasta para rever a estratégia de combate à covid-19.
A proposta de Teich levanta uma série de dados, como capacidade de atendimento, ocupação de leitos, e número de casos e óbitos. Cada item teria uma pontuação. Somados, mostrariam em que situação está cada local e qual intervenção específica é sugerida. A medida, no entanto, gerou temor de que as diretrizes virassem arma para discurso contrário ao isolamento.
Além de considerarem inoportuna a discussão, secretários também afirmam que seria inviável levantar os dados especificados, que mudam diariamente. Teich se disse surpreso com a rejeição e disse que, no fim de semana, tratou do assunto com representantes dos conselhos e que houve consenso de que as medidas seriam anunciadas para balizar e orientar cada gestor local a tomar suas medidas.
O Congresso Nacional está em luto de três dias, em razão de o número de óbitos oficiais do novo coronavírus. O decreto foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do Congresso Nacional de sábado (9). O ato conjunto foi anunciado pelos presidentes das duas casas, Rodrigo Maia (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado). O Supremo Tribunal Federal (STF) também decretou luto de três dias como forma de respeito às mais de 10 mil vítimas fatais da covid-19.