Tribuna Ribeirão
Política

Deputados de SP aprovam redução de 30% nos salários

CAROL JACOB/ALESP.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou projeto que reduz o subsídio dos 94 deputados estaduais em 30%. Cada parlamentar rece­be, por mês, o total bruto de R$ 25.322,25, valor que cairá para R$ 17.725,60. O salário dos ser­vidores comissionados da Casa de Leis também sofrerá redução. Nos dois casos, o desconto vai valer enquanto durar a pande­mia do novo coronavírus, cau­sador da covid-19.

A verba de gabinete de apro­ximadamente R$ 130 mil por mês também sofrerá corte de 40%, caindo para cerca de R$ 78 mil. Além disso, o projeto prevê o escalonamento no desconto dos salários de 2.561 funcionários co­missionados. Significa que os ser­vidores que ganham até o teto do Instituto Nacional de Seguridade Social (NSS), que é de R$ 6.101,06, não terão descontos.

Já quem ganha até dez sa­lários mínimos (R$ 10,45 mil) terá redução de 10%. Aqueles que percebem acima disto terão 20% descontados. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa também determinou a redução em até 40% dos contratos em execução.

Com as medidas adotadas, a expectativa é que haja uma eco­nomia de R$ 320 milhões. Os recursos serão devolvidos para o governo paulista e deverão ser usados no combate e prevenção da pandemia de covid-19. Os deputados estaduais por Ribei­rão Preto – Léo Oliveira (MDB) e Rafael Silva (PSB) – votaram a favor da redução.

Em Ribeirão Preto, a Asso­ciação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), o Cen­tro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Instituto Ribeirão 2030 também querem que o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e os 27 vereado­res da cidade reduzam, de forma voluntária, os seus subsídios em percentual de 30%. Também se­riam atingidos pela proposta in­tegrantes de cargos em comissão do Executivo e do Legislativo.

Tanto o prefeito quanto os vereadores não ganham salá­rio como o estabelecido pela Consolidação das Leis Traba­lhistas (CLT). Eles recebem subsídios e não têm direito ao recebimento de férias, décimo terceiro e nem vale-alimenta­ção. O salário líquido atual do prefeito de Ribeirão Preto é de R$ 17.170,94 e o de secretário, de R$ 14.473,07 líquidos. Já os vereadores recebem subsídios líquidos de R$ 10.431,33.

Questionado sobre a pro­posta, o presidente da Câmara de Vereadores, Lincoln Fernan­des (PDT), enviou ao Tribuna a seguinte nota: “Temos que aprender a separar o que é opor­tunismo político de economia efetiva ao analisar essa questão. Batemos recorde de economia nessa Legislatura encaminhando R$ 53 milhões (R$ 2 milhões para o combate ao coronavírus). Isso é inédito e altamente significati­vo. Estamos trabalhando para ajudar as pessoas. Aprovamos nesse período 21 ações para mi­nimizar os efeitos da covid-19, Inclusive envio de verba”, diz.

“O problema de muitos po­líticos não é o salário, mas re­galias, privilégios e corrupção. Nessa Legislatura nós cortamos tudo! Nosso Legislativo já está bem mais adiantado. O subsí­dio é 50% do permitido por lei e monitoramos os deputados e prefeitos. Além dos funcionários de alto escalão de Todos os Po­deres Públicos. Nosso duodéci­mo é 3,89%, sendo que a Cons­tituição permite 4,5%. Só nessa condição são 12 milhões eco­nomizados já antes de o ano começar.
Estamos falando de uma Câmara Municipal econô­mica, transparente a altamente responsável”, ressalta o texto. Já a prefeitura informou que não iria se manifestar sobre o assunto.

Postagens relacionadas

O tabuleiro da próxima eleição municipal

Redação 1

Audiências começam no dia 24

Redação 1

Indicação de Eduardo para EUA já acirra racha no PSL paulista

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com