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Mortes por covid-19 explodem em abril

AMANDA PEROBELLI/REUTERS

São Paulo termina abril com 2.375 mortes relacionadas ao novo coronavírus, um au­mento de 1.345% em compara­ção ao dado do dia 1º, quando havia 164 óbitos – são 2.211 fa­lecimentos a mais, média diária de 73, três por hora. O aumen­to foi mais severo no interior, litoral e no entorno da capital.

O número de vítimas fatais cresceu 42 vezes, saltando de 20 para 853 – foram 833 em um mês, 27 a cada 24 horas, aumento de 4.165%. Os fale­cimentos fora da capital repre­sentam 35,9% do total. Em 1º de abril, apenas 16 cidades da capital tinham óbitos, 2,5% dos 645 municípios paulistas. Atu­almente, já são 147, quase um quarto das localidades (22,8%)

No decorrer deste mês, o número de mortes também evoluiu cerca de dez vezes na capital, passando de 114 para 1.522, com 1.408 a mais, alta de 1.235%, média diária de 46, quase dois por hora. A co­vid-19 avançou pelas regiões paulistas, alcançando metade das cidades. Em 1º de abril, eram 77 municípios (11,9%), totalizando 2.981 pessoas in­fectadas. Naquele momento, a capital concentrava oito a cada dez casos (2.418 contra 563). Agora, a proporção já é de seis a cada dez.

Atualmente, o estado regis­tra 28.698 casos confirmados, 25.717 a mais, alta de 862,7% nove vezes mais. Eles estão em 323 cidades, 50% dos municí­pios, sendo 18.149 em São Pau­lo (63,25) e 10.549 nas demais regiões (36,75%). A taxa de le­talidade está em 8,3%. Há 8.600 mil pessoas internadas em hos­pitais, sendo 3.305 pacientes em Unidades de Terapia Inten­siva (UTIs, 38,5%) e 5.295 em enfermaria (61,5%).

A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a covid-19 se­gue em crescimento. Já é de 69,3% no estado e de 89,1% na Grande São Paulo. Entre as vítimas fatais, estão 1.390 ho­mens (58,5%) e 985 mulheres (41,5%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totali­zando 73,2% das mortes.

Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, no­ta-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (592 do total), seguida por 60-69 anos (517) e 80-89 (466). Também falece­ram 164 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de ido­sos, há também alta mortalida­de entre pessoas de 50 a 59 anos (315 do total), seguida pelas fai­xas de 40 a 49 (196), 30 a 39 (94), 20 a 29 (23) e 10 a 19 (7), e um com menos de dez anos.

Os principais fatores de risco associados à mortali­dade são cardiopatia (60,2% dos óbitos), diabetes mellitus (44%), doença renal (11,7%), doença neurológica (11,2%) e pneumopatia (11,1%). Outros fatores identificados são imu­nodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e he­pática. Esses fatores de risco foram identificados em 1.934 pessoas que faleceram por co­vid-19 (ou 81,4%) do total.

O governo de São Paulo acaba de receber um lote de mais de sete milhões de más­caras adquiridas da China que chegaram na manhã des­ta quinta-feira (30). O lote faz parte de um total de 18 milhões de máscaras cirúrgicas e N-95 importadas dos chineses.

No total, Estado investiu R$ 63 milhões para comprar esses produtos, visando reforçar os estoques de equipamentos de proteção individual (EPIs) da Secretaria da Saúde e garantir a segurança para profissionais que estão na “linha de frente” do atendimento aos casos da covid-19. Uma nova remessa deve chegar ainda na primeira quinzena de maio.

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