Tribuna Ribeirão
Saúde

Brasil tem mais de 85 mil casos

RALPH ORLOWS/REUTERS

O Brasil chegou a 85.380 pessoas infectadas pelo novo co­ronavírus. Nas últimas 24 horas, foram adicionadas às estatísti­cas mais 7.218 casos, aumento de 9% em relação ao dia ante­rior, quando foram registradas 78.662 mil pessoas nessa con­dição. Segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quinta-feira, 30 de abril, o total de mortes por covid-19 su­biu para 5.901. De um dia para o outro, foram registrados 435 no­vos óbitos, um aumento de 8% em relação a quarta-feira (29), quando foram contabilizados 5.466 falecimentos. A taxa de le­talidade está em 6%.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (2.375). O esta­do é seguido pelo Rio de Janeiro (854), Pernambuco (565), Ceará (482) e Amazonas (425). Além disso, foram registradas mortes no Pará (208), Maranhão (184), Bahia (104), Paraná (83), Espíri­to Santo (83), Minas Gerais (82), Paraíba (62), Rio Grande do Norte (56), Rio Grande do Sul (51), Santa Catarina (46), Ala­goas (47), Amapá (34), Distrito Federal (30), Goiás (29), Piauí (24), Acre (16), Sergipe (12), Rondônia (16), Mato Grosso (11), Mato Grosso do Sul (9), Roraima (7) e Tocantins (3).

Dos 85.380 casos confirma­dos, 35.935 (42%) estão recu­perados e outros 43.544 estão em acompanhamento (51%). Ainda tem 1.539 óbitos em in­vestigação. Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde as­sociado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham co­mobirdades, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunode­pressão, obesidade, asma, entre outras, também precisam redo­brar os cuidados nas medidas de prevenção ao coronavírus.

O governo federal afirmou nesta quinta-feira que fará mais de 2,3 milhões de testes rápidos em idosos. A medida faz parte de um conjunto de ações volta­das para pessoas que compõem o principal grupo de risco do co­ronavírus. As ações preveem va­cinação contra a gripe para mais de 30 milhões de pessoas idosas e distribuição de 5,8 milhões de equipamentos de proteção indi­vidual (EPIs), além de orientação para mais de seis mil instituições de acolhimento, atendimento, assistência e prestação de servi­ços a pessoas idosas.

A realização de testes rá­pidos para o coronavírus, que agora passou a ser feito em farmácias, pode ser pouco confiável para o diagnóstico individual da doença e ainda levar as pessoas a comporta­mentos de risco. A ferramenta faz mais sentido para estudos epidemiológicos, para ajudar a compreender a distribuição da doença na população de forma geral, do que como um “passa­porte imunológico”. Mas, ainda assim, há limitações.

O teste que será oferecido nas farmácias detecta a pre­sença de anticorpos para o ví­rus no sangue. Os anticorpos, no entanto, só são detectáveis a partir do sétimo dia do sur­gimento dos sintomas da in­fecção; preferencialmente, dez dias depois. Pessoas que já têm o vírus, mas não apresentem sintomas, vão testar negativo. Ou mesmo alguém que já este­ja se sentindo mal pode ter um resultado negativo.

Outro problema é que esses testes que foram aprovados em massa pela Anvisa têm apre­sentado sensibilidade baixa, de cerca de 60% a 70. Ou seja, pelo menos 30% dos testes ain­da podem dar falso negativo. A partir do 14º dia, a chance de acerto é ainda maior, tempo em que normalmente os sintomas já desapareceram.

Ranking mundial
Os 7.218 casos de co­vid-19 nas últimas 24 horas no Brasil fizeram com que o país ficasse de novo na se­gunda posição entre os países que mais registraram novos casos de covid-19 no mundo, repetindo o feito desta quar­ta-feira (29) e ficando atrás somente dos Estados Unidos, que somaram 26.512 conta­minações pelo coronavírus entre ontem esta quinta-feira, 30 de abril.

Em relação às mortes nas últimas 24 horas, as 435 víti­mas fatais da covid-19 no Bra­sil colocaram o país na terceira posição das nações com mais óbitos pela doença no período, atrás também dos EUA (2.552 mortes) e do Reino Unido (674 mortes). As novas 7.218 conta­minações também são o novo recorde de infecções em um período de 24 horas registrado no Brasil.

Anteontem, o Brasil já havia superado a China no número total de óbitos e hoje superou a nação asiática, primeiro epi­centro do coronavírus, tam­bém no número total de con­taminados. A China registra até o momento 83.944 casos de covid-19 e 4.637 vítimas fa­tais, segundo compilação feita pela Universidade Johns Ho­pkins. Globalmente, 3.255.454 pessoas foram contaminadas e 231.415 morreram em decor­rência da pandemia, com taxa de letalidade de 7,1%.

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