O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,80% em abril. O percentual é inferior ao apurado em março (1,24%). Com isso, o índice acumula taxas de inflação de 2,50% no ano e de 6,68% em doze meses. A queda da taxa de março para abril foi puxada pelos preços no atacado e na construção, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, registrou inflação de 1,12% em abril, abaixo do 1,76% de março. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,38%, em março, para 0,18% em abril. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, teve leve alta, ao passar de 0,12% em março para 0,13% em abril.
A desaceleração do IGP-M foi puxada pelo arrefecimento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que arrefeceu para 1,12% em abril, de 1,76% em março. O indicador acumula alta de 3,23% em 2020 e de 8,54% em doze meses. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou praticamente estável, de 0,12% em março para 0,13% em abril, e acumula variação de 0,99% no ano e de 2,63% em doze meses.
No Índice de Preços ao Produtor Amplo, houve alívio na inflação tanto de produtos agropecuários, quanto de produtos industriais. O IPA agropecuário desacelerou para 2,85% em abril, de 3,90% em março, enquanto o IPA industrial arrefeceu para 0,49% agora, de 1,01% na divulgação anterior.
Em doze meses, a taxa do IPA dos produtos agropecuários acumula alta de 17,55% (de 14,8% até março) e os produtos industriais têm variação de 5,52% (ante 6,34%). Entre os estágios de produção, a maior variação negativa partiu dos bens finais, que praticamente não variaram em abril (0,01%), após registrarem alta de 0,77% em março.
A maior contribuição para o comportamento do grupo partiu dos combustíveis para o consumo, que aprofundaram a tendência deflacionária e recuaram 23,76% nesta divulgação, contra 4,82% na anterior. Os bens intermediários tiveram leve aceleração e registraram variação nula (0,0%), após uma queda suave, de 0,03%, em março.
A mudança foi puxada pelo comportamento do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que acelerou de 1,57% para 3,1%. As matérias-primas brutas também perderam força e oscilaram de 4,77% em março para 3,44% em abril, puxadas pelo comportamento de bovinos (3,38% para -2,92%), aves (0,95% para -5,26%) e suínos (3,71% para -10,22%).
No sentido oposto, os destaques são soja em grão (5,03% para 8,61%), arroz em casca (0,69% para 3,45%) e trigo em grão (4,74% para 8,59%). Em doze meses, os bens finais acumulam alta de 3,07%, os bens intermediários têm taxa de 3,01% e as matérias-primas brutas, de 21,5%. Em 2020, a variação acumulada dos grupos é de 0,24%, 0,85% e 9,04%, respectivamente.
No IPA, as maiores pressões para baixo partiram dos combustíveis, com aceleração na queda da gasolina automotiva (-6,61% para -32,69%) e do óleo diesel (-9,26% para -15,77%). Além deles, também se destacam o comportamento da carne de aves (-2,11% para -5,08%), bovinos e aves. Na outra ponta, as pressões para cima partiram do farejo de soja (6,44% para 20,69%), ovos (10,84% para 11,91%) e café em grão (10,6% para 10,07%), além da soja em grão.