Tribuna Ribeirão
Geral

Criminalidade segue em queda neste ano

FERNANDO FRAZÃO/AG.BR.

Segundo os dados do le­vantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgados pela Secretaria de Estado da Secre­taria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) em seu site, a incidência de crimes contra o patrimônio recuou no primeiro trimestre deste ano em Ribeirão Preto, e quase todos os indicado­res apresentaram queda na com­paração com o mesmo período de 2019: furtos, roubos, furtos de veículos e roubos de veículos – a cidade registrou o mesmo número de homicídios e teve dois latrocínios (roubo seguido de morte) em 2020, contra ne­nhum do exercício anterior. As denúncias de estupro também retrocederam.

Nos primeiros trimestres de cada ano foram registrados nove homicídios na cidade, um a cada dez dias. Porém, em março deste ano, mesmo com a pandemia de coronavírus, fo­ram quatro mortes contra ne­nhuma do mesmo mês de 2019. A cidade também registrou dois latrocínios em 2020, em feve­reiro e março, crime que não ocorreu nos primeiros 90 dias do exercício anterior. No total, Ribeirão Preto soma onze assas­sinatos desde 1º de janeiro.

A ocorrência de estupros despencou 52,9%, de 17 para oito casos, nove a menos em três meses deste ano. Porém, em to­das as denúncias feitas em 2020 as vítimas eram vulneráveis – crianças ou adolescentes –, en­quanto que em 2019 oito eram menores de idade (47%). Foram duas denúncias em março deste ano, contra seis do mesmo mês do exercício anterior, quatro a menos e queda de 66,6%.

Os furtos de veículos recu­aram 20,3% – baixaram de 457 para 364, com 93 a menos em 90 dias deste ano. A média di­ária caiu de cinco para quatro casos. Na comparação entre os meses de março, a queda em 2020 é de 26,5%, de 151 para 111, com 40 a menos.

Os roubos de veículos caí­ram 34,6%, de 179 ocorrências para 117, ou 62 a menos no primeiro trimestre de 2020. A média baixou de dois para um por dia. Na comparação entre os meses de março, a retração em 2020 é de 40,7%, de 54 para 32, com 22 a menos.

A má notícia é que o índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar despen­cou 64,4%, de 323 em três meses de 2019 para 115, 208 a menos. A média diária recuou de três para um, aproximadamente. Em março deste ano, foram re­cuperados 32 carros, motos e afins, contra 103 do terceiro mês de 2019, recuo de 68,9% e 71 ve­ículos a menos.

Os casos de furtos em geral recuaram 14,9%. A incidência baixou 2.498 primeiro trimes­tre de 2019 para 2.125, redução de 373. A média caiu de quase 28 por dia para 23. Em março deste ano a SSP-SP computou 559 ocorrências, contras 814 do mesmo mês do período ante­rior, queda de 31,3% e 255 de­núncias a menos.

As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – recuaram 28,5%. Caíram de 914 no pri­meiro trimestre do ano passa­do para 653 em 2020, com 261 a menos. A média diária baixou de dez para sete. Na compara­ção entre os meses de março, a retração é de 39,5%, de 324 para 196, com 128 a menos.

Balanços anuais
As taxas de homicídios, furtos e roubos por 100 mil habitantes e de furtos e rou­bos por 100 mil veículos são as mais baixas desde 2000. No ano passado foram registrados 42 homicídios na cidade, um a cada sete dias e meio, contra 46 de 2018, quatro a menos e queda de 8,7%. Ribeirão Preto registrou dois latrocínios, con­tra três do período anterior, um a menos e recuo de 33,3%. No total, foram 44 assassinatos em 2019, somando as duas moda­lidades de crime, e a maioria – 20, ou 45,4% do total – ocorreu na Zona Norte.

Foram seis homicídios nos Campos Elíseos (área do 2º Dis­trito de Polícia) e doze na região do Ipiranga (5º DP), além dos dois latrocínios do ano. Tam­bém houve quatro homicídios na Zona Sul (região do 4º DP, no Jardim América), cinco na Zona Leste (8º DP, Jardim Paulista) e doze na Zona Oeste (dez na área do 6º DP, Vila Virgínia, e dois na do 3º DP, na Vila Tibério), além de dois em Bonfim Paulista (7º DP) e um no Centro (1º DP).

Ribeirão Preto fechou o ano passado com taxa de 5,84 homicídios por 100 mil habi­tantes, a menor das duas úl­timas décadas – até então, o índica mais baixo havia sido constatado em 2017, de 5,89. O período mais violento ocorreu em 2000, com taxa de 43,23. Naquele ano, segundo o Minis­tério Público Estadual (MPE) e a SSP-SP, a cidade registrou 202 crimes de morte.

De acordo com o promotor Marcus Túlio Nicolino, um gru­po de extermínio supostamente comandado pelo ex-policial civil Ricardo José Guimarães agia no município – o ex-investigador está preso, acumula 244 anos de cadeia em cinco condenações e ainda vai responder por mais cinco assassinatos. Ele nega to­das as acusações.

Estupros
Segundo o levantamento, as denúncias de estupro despen­caram 38,8% no ano passado, em comparação com o mesmo período de 2018. As ocorrên­cias caíram de 121 para 74 (um a cada cinco dias), 47 a menos. Em 2019 foram 47 casos en­volvendo vulneráveis (crianças ou adolescentes), 63,5% do to­tal – contra 66 do ano anterior, 54,5% de todos os casos regis­trados. No período anterior a média era de uma denúncia de estupro a cada três dias. O número geral ficou 9,7% abai­xo dos 134 de 2017 (com 74 envolvendo menores, 55,2% do total), 13 a menos em 2018.

Furtos e roubos
Os furtos de veículos re­cuaram 2,6% – baixaram de 1.740 para 1.695, com 37 a menos em 2019. A média di­ária nos dois períodos ficou perto de cinco (4,8 e 4,7 res­pectivamente). A taxa por 100 mil automóveis fechou o ano passado em 313,83. A menor da série foi constatada em 2017, de 289,01, e maior em 2011, de 693,23.

Os roubos de veículos ca­íram 23,1%, de 740 ocorrên­cias para 569, ou 171 a me­nos em 2019. A média diária caiu de dois casos para 1,8. A taxa por 100 mil carros, mo­tos, caminhões e afins ficou em 104,68 – a mais baixa é de 2008, de 68,58, e a mais alta de 2014, de 313,97.

A taxa de furtos e roubos de veículos por 100 mil automóveis foi de 416,51 no ano passado, a menor em duas décadas – a segunda é de 2017, de 430,79, e maior de 2013, de 911,44. Por 100 mil habitantes, fechou 2019 em 330,49, atrás do índice de 2001, de 238,10. A mais alta ocorreu em 3013, de 682,22

A má notícia é que o índi­ce de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar também caiu 29,8% – ficou em 1.244 de janeiro a dezembro de 2018 (mais de três por dia) e agora baixou para 873 (média diária pouco acima de dois – 2,4), com 371 a menos.

Houve queda nos casos de furtos. Baixou de 10.201 em 2018 (média diária de 28) para 8.823 (ou 24 por dia), com 1.378 ocorrências a menos e recuo de 13,5%. A taxa por 100 mil habi­tantes foi de 1.287,94, a menor em 20 anos, seguida pela de 2017, de 1.367,38 – a mais alta ocorreu em 2005, de 2.304,88

Os casos de roubo – quan­do a vítima sofre ameaça (en­tram na estatística os de carga e a bancos) – recuaram 8,1%. Caíram de 3.240 em 2018 (mé­dia diária de nove) para 2.977 no ano passado (mais de oito por dia). A taxa por 100 mil moradores, de 434,57, também é a menor em 20 anos, seguida da de 2018, de 479,48. A mais alta é de 2000, de 703,82.

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