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Brasil registra 338 mortes em 24 horas

© Reuters/Yves Herman/Direitos Reservados

O Brasil chegou a 66.501 ca­sos confirmados de coronaví­rus, de acordo com atualização do Ministério da Saúde, divul­gado nesta segunda-feira, 27 de abril. Nas últimas 24 horas fo­ram adicionadas às estatísticas mais 4.613 pessoas infectadas, aumento de 7,5% em relação a domingo (26), quando foram registrados 61.888 mil casos confirmados. Foi o segundo maior número de casos de contágio em um dia, perden­do apenas para o sábado (24), quando foram acrescidos 5.514 ao balanço.

Já o número de mortes su­biu para 4.543, com 338 novos óbitos de domingo para esta se­gunda-feira, um incremento de 8%. O número de novos óbitos em 24 horas ficou abaixo da quinta-feira (22), quando fo­ram contabilizados 407. A taxa de letalidade ficou em 6,8%. São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes (1.825). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (677), Pernambuco (450), Cea­rá (284) e Amazonas (320).

Também foram registradas mortes no Maranhão (125), Pará (114), Paraná (75), Bahia (76), Minas Gerais (62), Para­íba (50), Espírito Santo (57), Santa Catarina (43), Rio Gran­de do Norte (45), Rio Grande do Sul (42), Alagoas (34), Dis­trito Federal (26), Goiás (26), Amapá (26), Piauí (20), Acre (14), Sergipe (dez), Mato Gros­so (dez), Rondônia (dez), Mato Grosso do Sul (nove), Roraima (quatro) e Tocantins (duas). Dos 66.501 casos confirmados atualmente, 31.142 estão recu­perados (47%) do total e 30.816 estão em acompanhamento. Existem ainda 1.136 óbitos que estão em investigação.

“O nosso grande foco hoje é a parte de como garantir a infraestrutura necessária para que as pessoas sejam cuidadas e tratadas. Nesse momento, realmente, cuidar das pesso­as e salvar o maior número de pessoas é a prioridade absolu­ta, absoluta. A gente vai ter um trabalho intenso com estados e municípios, essa semana já va­mos ter reunião com os gover­nadores”, destacou o ministro da Saúde, Nelson Teich, duran­te coletiva de imprensa.

Teich afirmou ainda que o governo não vai anunciar me­didas para relaxar a política de isolamento social sem que tenha informações que deem aval para essa decisão. “Nin­guém vai incentivar medidas que restrinjam contenção sem informação adequada”, afir­mou, em entrevista coletiva. “Vamos buscar a informação necessária para tomar deci­sões.”

Pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado. Além disso, pessoas de qualquer idade que tenham comobirdades, como cardio­patia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma e puérperas, entre outras, também precisam redobrar os cuidados nas medidas de pre­venção ao coronavírus.

O Ministério da Saúde dis­tribuirá 272 respiradores pro­duzidos pela indústria nacio­nal. Parte dos equipamentos já foi enviada a nove estados para o atendimento de pacientes graves com o novo coronaví­rus. Ao todo serão 14.100 res­piradores. “A indústria nacio­nal está ajudando na resposta ao coronavírus, com a produ­ção e entrega de respiradores. Recebemos 272 unidades e grande parte já seguiu para os estados. Ao todo serão 14.100 respiradores”, diz Teich.

Testes
Uma série de falhas e di­vergências entre os sistemas de registro de testes do Ministério da Saúde e dos Estados impe­de que o País saiba o número real de exames de coronavírus que foram realizados desde o início da pandemia. A falta de controle do governo brasileiro sobre o número de testados é um dos fatores que dificultam o entendimento do real alcance da epidemia no país.

Levantamento feito pela reportagem com as 27 secre­tarias estaduais da Saúde do País e com o Ministério da Saúde descobriu problemas como duplicidade de registros, números não informados por incompatibilidade de sistemas e até casos em que exames para outros vírus respiratórios, como o da gripe, estão sendo contabilizados como testes do novo coronavírus.

Até o dia 23 de abril, o número de testes de coro­navírus contabilizados pelo Ministério da Saúde era de 151.463. Já o volume de exa­mes informado pelos Estados para o mesmo período era de 178.345. Independentemente da fonte considerada, o Bra­sil tem uma taxa de testagem hoje de 29 a 13 vezes menor do que a da Alemanha, Itália, Estados Unidos e Coreia do Sul, países que vêm investindo na ampliação dos exames para monitoramento ou controle da pandemia de covid-19.

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