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Ribeirão-pretano relata quarentena dura na Bolívia

ARQUIVO PESSSOAL

O ribeirão-pretano William dos Santos Lima, de 27 anos, de­cidiu em 2016 estudar medicina na Bolívia, em Santa Cruz De La Sierra, cidade com 1.700.000 pes­soas. O motivo: o valor da men­salidade é bem mais em conta do que no Brasil. Agora em perío­do de quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19), William conta ao Tri­buna, as medidas restritivas ado­tadas pelo governo boliviano, que são “linha dura”.

Ribeirão-pretano foi estudar na Bolívia por conta do valor da faculdade

William conta que foi para Bo­lívia sem conhecer ninguém. “E não falava o idioma, é uma cul­tura bem diferente da nossa, são pessoas mais reservadas, mas aos poucos fui me adaptando”.

Ele cursa o 9º semestre da Faculdade de Medicina. “Faço práticas no hospital de manhã e estudo teoria na parte da tarde e noite, mas depois que começou a quarentena, minha rotina mudou muito”, ressalta.

Ele diz que as práticas foram adiadas e está tendo aula virtual. “Aqui as medidas restritivas estão bem rígidas, só posso sair uma vez na semana, conforme o último dígi­to da minha identidade estrangeira, no meu caso é na segunda-feira. Se sair no dia que não for autorizado, posso ser preso e pagar uma mul­ta de 1.000 bolivianos (algo em torno de R$ 850 reais)”.

O ribeirão-pretano fala que amigos brasileiros dele já foram presos por desobedecer essa lei. “Está proibido sair sem másca­ra na rua. Também está proibido a utilização de qualquer meio de transporte. O exército está na rua, ajudando a polícia na fiscaliza­ção”, completa.

A Bolívia está com pouco mais de 600 casos confirmados e William aprova as medidas ado­tadas. “Acredito que essas medi­das são necessárias pelo fato do número baixo de leitos de UTI, assim como no Brasil. O governo está ajudando a população caren­te da Bolívia, com 500 bolivianos que é entorno de 400 reais”.

O estudante diz que pretende retornar ao Brasil, mas que preci­so de uma autorização para poder viajar. “O consulado brasileiro tem conseguido essa autorização, mas para um número limitado de pes­soas por semana. Estão recebendo essa autorização, cerca de 150 bra­sileiros por semana. Só que existe uma lista de espera de mais de 1.000 brasileiros”, explica. “Minha princi­pal preocupação é o fato dos hospi­tais serem todos particulares, e nós brasileiros teríamos que pagar para ser atendido”, finaliza.

Santa Cruz de la Sierra

DIVULGAÇÃO/FLICK

Santa Cruz de la Sierra que traduzido do castelhano, significa Santa Cruz da Serra é, atualmente, a maior e mais populosa cidade da Bolívia. Está localizada no centro do país, nas margens do Rio Piraí. A cidade, fundada em 1561, é a mais importante do Departa­mento de Santa Cruz. Também é considerada o motor econômico do país.

FERNANDO AGUIRRE GUZMÁN/PIXABAY

Tem cerca de 1.757 milhão de habitantes. O seu crescimento demográfico é o segundo mais rápido da América do Sul, depois de Maracay, Arágua, Venezuela, sendo também a 14ª cidade que mais cresce no mundo.

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