Tribuna Ribeirão
Política

Sassom aplica reajuste de 15% e gera polêmica

DIVULGAÇÃO/SSM

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis, Laerte Carlos Augusto, enviou, nesta sexta­-feira, 24 de abril, um ofício ao prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) no qual re­quer medidas cabíveis para que o Serviço de Assistência à Saúde dos Municipiários (Sassom) revogue a resolução nº 002, do dia 22.

Segundo o ofício, a resolu­ção publicada pelo Sassom no Diário Oficial do Município (DOM) viola flagrantemente direitos e garantias dos servi­dores municipais, além de ser contrária ao interesse público. O popular plano de saúde dos funcionários públicos reajus­tou em 15% o valor da tabela dos dependentes indiretos.

De acordo com Augusto, além de fazer com que muitas pessoas percam seus planos em função de não consegui­rem arcar com o reajuste, por causa da diminuição da renda familiar provocada pela pan­demia do novo coronavírus, a reunião à distância do Conse­lho Deliberativo que determi­nou o aumento foi irregular.

“Não ocorreu em obediên­cia ao obrigatório uso de mé­todos que garantissem a auten­ticidade da participação dos membros convocados, de seus respectivos votos e do debate esclarecido e colegiado”, afirma o sindicalista. O presidente do sindicato argumenta que o for­mato de questionário adotado pela superintendência não é compatível com os ditames legais e constitucionais para a manifestação da vontade e re­presentação dos membros do referido conselho.

No documento, Augusto também solicita que todas as medidas que estão ao alcance do chefe do Executivo, inclu­sive se necessária a eventual substituição da atual superin­tende Maria Regina Ricardo, sejam imediatamente adota­das para a revogação do que classifica como, “aumento irregular e contrário aos inte­resses públicos”.

Questionada sobre as afir­mações do sindicato, a supe­rintendência do Sassom en­viou nota ao Tribuna. Afirma que a pauta sobre o reajuste foi levada ao conselho, legitima­mente, na reunião de 27 de fe­vereiro, quando ficou decidido que a votação sobre o reajuste – já definido em 15% – acon­teceria na reunião de março. Com o conhecimento e a con­cordância de todos. Entretan­to, em virtude da decretação do Estado de Calamidade Pú­blica foi necessário suspender a reunião mensal do Conselho Deliberativo do Sassom de for­ma presencial.

“Em decorrência do curto espaço de tempo após a publi­cação do referido Decreto para que se adequasse plataforma digital a fim de que a reunião ocorresse por vídeo conferên­cia encaminhou-se aos senho­res conselheiros correspon­dência, via e-mail, datado de 25 de março de 2020 aven­tando a possibilidade de que a mesma ocorresse através de troca de correspondência eletrônica com a aposição de votos nas questões a serem decididas”, diz.

“Nenhum conselheiro se manifestou contrário a tal for­ma de votação, inclusive os representantes do Sindicato. Vale lembrar que a adequação é para dos dependentes indi­retos e facultativos, que o ser­vidor é quem decide colocar como beneficiário do Sassom. A decisão não é da superinten­dente, logo não pode ser res­ponsabilizada e menos ainda punida por dar cumprimento da lei”, diz o texto.

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