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Política

Vereadores vetam novo empréstimo

ARQUIVO TRIBUNA

A Câmara de Vereadores não autorizou a prefeitura de Ribeirão Preto a tomar em­préstimo de R$ 60 milhões junto a Caixa Econômica Fe­deral. O projeto de lei do Exe­cutivo foi rejeitado na sessão de quinta-feira, 23 de abril, por 18 votos contrários e oito favoráveis ao financiamento. Os recursos seriam obtidos pela linha de crédito do Finan­ciamento à Infraestrutura e ao Saneamento – Modalidade e Apoio Financeiro (Finisa).

Segundo os vereadores con­trários, o empréstimo não seria oportuno no atual momento econômico que o município vive por causa da pandemia do coronavírus. Eles afirmam também que a queda na arre­cadação, anunciada pelo go­verno municipal de cerca de 20% para este ano, deixa evi­dente que não é hora de a pre­feitura fazer dívidas.

De acordo com o projeto encaminhado pelo governo, os recursos seriam investidos na construção da segunda unida­de do Bom Prato, na região da Unidade Campus do Hospital das Clínicas, na restauração da avenida Nove de Julho, na reforma co complexo Elba de Pádua Lima – Tim (a Cava do Bosque) e em outras obras de infraestrutura na cidade.

Recente levantamento fei­to pelo Tribuna, com base em projetos de lei do Executivo sobre empréstimos e financia­mentos aprovados na Câmara de Vereadores, mostra que a administração Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) já tomou R$ 291,6 milhões disponibiliza­dos pelos governos estadual e federal ou por meio institui­ções financeiras.

De acordo com a pesqui­sa, a quase totalidade dos em­préstimos começará a ser paga pelo próximo governo, que vai assumir a prefeitura de Ribei­rão Preto em 1º de janeiro de 2021. O primeiro turno das eleições municipais deste ano, que definirá o próximo prefei­to, será em 4 de outubro, caso não seja cancelado por causa da covid-19. Duarte Nogueira deve tentar a reeleição, já que tem essa prerrogativa e é um dos fortes candidatos.

Não estão incluídos nes­te total os R$ 310 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC da Mobi­lidade Urbana (PAC II), hoje denominado pela prefeitura de Programa Ribeirão Mobilida­de. A aprovação deste finan­ciamento ocorreu na gestão passada, da ex-prefeita Dar­cy Vera (sem partido, 2013- 2016). Os recursos estão sen­do utilizados em um pacote de obras viárias que incluem a construção de viadutos e de 56 quilômetros de cor­redores de ônibus urbanos.

Entretanto, o levantamento considera os R$ 33,4 milhões de contrapartida que serão bancados pela prefeitura, já que foram aprovados junto ao Banco do Brasil pelo atual governo. Segundo os projetos endossados pela maioria dos 27 vereadores e sancionados pelo prefeito Duarte Nogueira, as linhas de crédito estão sen­do e serão utilizadas para a re­alização de investimentos em vários setores, como educação, obras viárias e na saúde.

As obras previstas no projeto rejeitado
– Recuperação asfáltica e pavimentação de vias municipais
– Reforma e ampliação do Complexo Esportivo Elba de Pádua Lima (Cava do Bosque)
– Restauro da avenida Nove de Julho
– Construção do Bom Prato – Unidade Campus do HC
– Reforma de parques e praças
– Obras gerais de infraestrutura urbana, elaboração de projetos e cálculos, desapropriações e aquisição de material permanente

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