Modelos de gigante chinesa têm desbancado smartphones da empresa norte-americana
Um dos maiores mistérios para quem compra ou está interessado em trocar de smartphone é qual modelo escolher. A variedade de produtos é enorme e, mesmo com o aparente monopólio da Apple, a chinesa Xiaomi tem incomodado a gigante norte-americana.
Os celulares Xiaomi incomodam não só pela qualidade e desempenho, mas também pelo preço. Em alguns casos, os celulares custam a metade do preço de um Iphone, algo que tem intrigado vendedores e usuários. Além disso, o processo de expansão da empresa é algo que assusta.
De acordo com a International Data Corp (IDC), a Xiaomi detinha 5,3% do mercado de smartphones no terceiro trimestre de 2014, ainda muito atrás da Samsung (23,8%) e da Apple (12%), mas, diferentemente de seus rivais, a Xiaomi registrou triplo crescimento de um dígito ano a ano em remessas de smartphones, em 211%, tornando-a a marca que mais cresce entre os principais fornecedores. Com a expansão do mercado chinês, esses números tendem a crescer nos próximos anos.
A Xiaomi obteve sucesso dentro e fora da China e continuará a crescer. Isso faz com que uma pergunta seja feita com frequência: por que os celulares são tão baratos? Aqui vão algumas respostas.
1) Modelo de negócios de baixo custo
Normalmente, as despesas de marketing representam uma receita de 6% a 12% para as marcas de smartphones. A Xiaomi, que se baseou fortemente na Internet e nas plataformas de mídia social para impulsionar as vendas, conseguiu acabar com esses custos e ainda obter sucesso o suficiente para se tornar uma das empresas de tecnologia mais populares da China.
2) Bancos em acessórios e software
Para aumentar as margens de lucro, a Xiaomi continua vendendo os mesmos modelos de telefone por um longo período de tempo. Por exemplo, ele não lança um novo produto a cada seis meses, como faz a Apple.
Essa estratégia oferece à marca maior flexibilidade com lucros e reforça sua capacidade de vender mais acessórios com volumes maiores do mesmo modelo. Por exemplo, os clientes da Xiaomi têm a opção de comprar uma capa traseira de diferentes cores, protetores de tela e baterias, quando encomendam o dispositivo.
Além disso, em vez de lucrar com hardware, a Xiaomi está mais focada em oferecer produtos e serviços de software aos clientes como uma maneira de aumentar a receita. Isso é semelhante à abordagem do Google de oferecer produtos competitivos a baixo custo ou de graça e ganhar dinheiro com publicidade.
3) canal de vendas on-line
Para reduzir ainda mais os custos indiretos, a Xiaomi não possui uma única loja física em nenhum lugar do mundo e, em vez disso, vende exclusivamente a partir de sua própria loja online, oferecendo aparelhos, coberturas, estojos de proteção, fones de ouvido e bancos de energia. Ao fazer isso, reduz as despesas e os custos de mão-de-obra que envolvem um negócio físico, bem como uma margem de lucro de 25% a 30% no varejo.
4) Vende em quantidades limitadas
O lançamento de apenas uma quantidade limitada de telefones faz parte da estratégia de negócios da Xiaomi, que criou a ilusão de demanda esmagadora e ajudou a manter os custos baixos. Ao fazer isso, a Xiaomi também enfrenta menos riscos ao gerenciar um estoque menor e pode aumentar a produção à medida que os custos com componentes diminuem com o tempo.