Tribuna Ribeirão
Economia

Programa garante mais de 3,5 mi de empregos

ROVENA ROSA/AG.BR.

O programa de redução temporária de salários e de suspensão de contratos de tra­balho durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19) ajudou a preservar 3.511.599 empregos, informa a Secre­taria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Segundo o órgão, os valores a serem pagos de complementação de renda to­talizam R$ 6.983.378.703,58.

Os números referem-se até as 21h50 de quarta-feira, 22 de abril. Segundo o Minis­tério da Economia, 569 mil empregadores aderiram ao programa, a maioria empresas de pequeno porte. Segundo as estatísticas disponíveis no site criado pelo ministério para divulgar as informações sobre o programa, 59% dos acordos (2.074.127) referem-se a tra­balhadores de micro e de pe­quenas empresas, que faturam até R$ 4,8 milhões por ano.

As médias e grandes em­presas, com faturamento su­perior a esse valor, respon­dem por 34% dos acordos (1.210.710). Os empregado­res domésticos e trabalhado­res do Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (Caepf) totalizam 6% dos acordos (226.762). Os acor­dos de suspensão de contra­tos representam 58,3% do to­tal, o que equivale a 2.045.799 empregos.

Em relação aos casos de redução de jornada, 16% dos acordos (562.599) estabele­cem redução de 50% dos sa­lários com o recebimento de 50% do seguro-desemprego, 12,1% dos acordos (424.157) foram fechados para reduzir o salário em 70% com a com­plementação de 70% do segu­ro-desemprego.

Um total de 8,9% (311.975) dos acordos preveem a redu­ção de 25% dos salários com o pagamento de 25% de segu­ro-desemprego. Os casos de trabalhadores intermitentes, que recebem R$ 600 por três meses quando o contrato esti­ver “inativo”, correspondem a 4,8%, o equivalente a 167.069 empregados.

Estados
Segundo as estatísticas do Ministério da Economia, os estados que registraram o maior número de benefí­cios emergenciais foram São Paulo (29,8%), Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,8%), Rio Grande do Sul (5,5%) e Pa­raná (5,4%). A pasta prevê que o programa preservará até 8,5 milhões de empregos em todo o país e custará R$ 51,2 bilhões nos próximos três meses.

Equivalente a uma parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido sem justa cau­sa, o benefício emergencial é concedido a trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso, conforme a Medida Provisória 936. Nos acordos individuais, o per­centual do seguro-desempre­go equivale à redução salarial proposta pelo empregador. Os trabalhadores intermitentes re­cebem uma ajuda de R$ 600.

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