Tribuna Ribeirão
Política

Impeachment: Maia terá de se manifestar

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), mi­nistro Celso de Mello, decidiu nesta quinta-feira (23) pedir informações ao presidente da Câmara dos Deputados, Ro­drigo Maia (DEM-RJ), sobre o pedido de impeachment contra o presidente Jair Bol­sonaro apresentado em mar­ço pelos advogados José Ros­sini Campos e Thiago Santos de Pádua. O Palácio do Pla­nalto acompanha com preo­cupação os desdobramentos do caso na Suprema Corte.

Autores de um pedido de impeachment apresentado na Câmara, os advogados acionaram o Supremo para que os parlamentares anali­sem imediatamente a aber­tura de um processo contra o presidente da Repúbli­ca. Rossini e Pádua alegam que Maia foi omisso sobre o tema até agora. Na ação apresentada no STF, os ad­vogados também cobram a divulgação do exame de co­vid-19 feito por Bolsonaro.

Ao menos 23 pessoas da comitiva que acompanhou o presidente em viagem aos Estados Unidos, no mês pas­sado, já foram infectadas pelo novo coronavírus. Bolsonaro informou em redes sociais que o resultado de seus exa­mes deu negativo, mas até hoje ainda não divulgou os laudos. O governo se recusou a divulgar os dados via Lei de Acesso à Informação (LAI). O sinal de alerta do Planalto aumentou depois que a ação no STF foi sorteada para Cel­so de Mello, uma das vozes mais contundentes do tribu­nal contra o comportamento do presidente da República.

A preocupação aumen­tou agora nesta quinta-feira, depois que o ministro deci­diu não apenas ouvir Maia, como incluir formalmente Bolsonaro na ação. “Entendo prudente solicitar, no caso, prévias informações ao se­nhor presidente da Câmara dos Deputados, que deverá manifestar-se, inclusive, so­bre a questão pertinente à cosgnoscibilidade da presen­te ação”, escreveu o decano.

Celso de Mello já disse que Bolsonaro “transgride” a separação entre os Pode­res, “minimiza” a Constitui­ção e não está “à altura do altíssimo cargo que exerce”. O ministro se aposenta em novembro, quando comple­tará 75 anos, abrindo a pri­meira vaga na Corte para in­dicação de Bolsonaro.

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