Tribuna Ribeirão
Economia

Quarentena Comércio paulista quer reabrir no dia 1º

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Federação das Associa­ções Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Asso­ciação Comercial de São Paulo (ACSP) pedem aos governan­tes para que o comércio seja parcialmente reaberto a partir de 1º de maio, Dia do Traba­lho, sexta-feira, evidentemente obedecendo às devidas regras de segurança, para evitar que os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que já afetam a saúde de milhares de pessoas no Brasil, não se perpe­tuem na economia.

“Queremos comemorar o Dia do Trabalho trabalhan­do!”, diz a nota. A paralisação do varejo, que deveria pri­meiramente se encerrar nesta quarta-feira, 22 de abril, mas foi prorrogada até 10 de maio – Dia das Mães, a segunda me­lhor data para o comércio de­pois do Natal –, significa a não circulação de R$ 1 bilhão por dia, acarretando enorme pre­juízo para a economia e pondo em risco a maior parte dos em­pregos e da renda dos trabalha­dores de modo geral.

“A crise que o Brasil atra­vessa exige grandeza, discerni­mento e coordenação por parte dos governantes, para que não ocorram contradições, desper­dícios ou a imposição de maio­res sacrifícios à população do que os inevitáveis, que já são extremamente fortes”, dizem no comunicado.

A Facesp e a ACSP manifes­taram apoio quando da imple­mentação das medidas restriti­vas às atividades empresariais, mas alertaram na oportunida­de que tais restrições deveriam ter o menor tempo possível de duração, considerando o im­pacto negativo da medida para as atividades econômicas e, principalmente, sobre os seg­mentos mais desfavorecidos da população.

Solicitaram medidas do setor público para garantir a sobrevivência das empresas e a manutenção dos empregos, bem como para os que traba­lham por conta própria e os in­formais. “As sucessivas prorro­gações do isolamento agravam o cenário de incertezas, o que está levando a um aumento da demissão de trabalhadores. A Facesp e a ACSP cobram dos governantes mais diálogo e transparência nas decisões para reduzir a incerteza dos empresários e a ansiedade da população”, informam.

Alertam, agora, mais uma vez, sobre os grandes riscos de­correntes da prorrogação das restrições, tendo em vista as dificuldades enfrentadas por empresas e cidadãos após um mês de isolamento, e advertem para o risco de desorganização do sistema econômico, com o fechamento de empresas, au­mento do desemprego, perda de renda e impactos sociais negativos sobre a saúde física e mental da população.

Em Ribeirão Preto, a Asso­ciação Comercial e Industrial, o Sindicato do Comércio Vare­jista (Sincovarp) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) tam­bém cobram do prefeito Du­arte Nogueira Júnior (PSDB) a reabertura de alguns setores do comércio e da prestação de serviços considerados não es­senciais. A quarentena na cida­de vai até segunda-feira, dia 27, e apesar de sinalizar com uma flexibilização do decreto de calamidade pública, o tucano pode prorrogar o isolamento social até 10 de maio para se­guir o calendário estadual.

“Se o Brasil não aguenta uma paralisação prolongada, e isso é fato, o município de Ribeirão Preto muito menos. Suspender as atividades em­presariais até o dia 10, é agra­var, ainda mais, a situação do comércio varejista que, em sua maioria, é composto de micros e pequenos lojistas, um dos se­tores mais atingidos por essa crise. A situação é desespera­dora para a maioria dos comer­ciantes o que nos traz o temor de uma onda de fechamento de empresas e de demissões em massa”, diz nota da entidades.

Os varejistas aplaudem as providências adotadas pelo governo federal para com­pensar os custos da paralisa­ção das atividades, embora algumas ainda apresentem problemas para a efetiva im­plementação e não sejam su­ficientes para compensar as perdas impostas pelo governo do Estado ao funcionamento das empresas. Lamentam que até o momento não tenham sido atendidos os pleitos com relação à suspensão do paga­mento dos impostos.

“Os empresários desejam pagar seus tributos, mas não têm condições, no momento, por não terem recursos. Não se pode aceitar que o Estado queira, com uma mão, proibir o funcionamento e, com a ou­tra, cobrar o imposto, como se fossem dois entes distintos. Isto coloca em risco milhares de empresas que se tornarão ina­dimplentes e perderão o acesso ao crédito”, emendam.

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