A saída de Fernando Prass do Palmeiras, selada em dezembro de 2019, ainda parece ser um assunto mal resolvido para as partes envolvidas. Nesta quinta-feira, o goleiro, hoje no Ceará, criticou a postura de Alexandre Mattos, ex-diretor de futebol do clube paulista. Para ele, faltou transparência ao dirigente na comunicação de que ele não permaneceria no clube.
Prass revelou, inclusive, que conversou com Mattos nesta quinta-feira, após o hoje diretor de futebol do Atlético-MG declarar que o goleiro tinha problemas de relacionamento com os demais jogadores da posição no Palmeiras e que receberia um dos maiores salários do elenco.
“Não, mágoa eu não tenho, só gosto das coisas corretas e claras. Liguei para ele (Alexandre Mattos) hoje de manhã, para falar as coisas que não deveriam ter sido expostas, expôs o nome de alguns profissionais. Sei o que é verdade da minha relação com ele. Deixei bem claro que, se eu saí do Palmeiras ou não, isso não é relevante, os ciclos se encerram. Não achei correto como foi conduzida a situação”, afirmou, em entrevista ao Fox Sports.
Hoje no Ceará, Prass reclamou que Mattos lhe disse que seria a favor da sua permanência, como de Jailson, ambos em fim de contrato no ano passado. Mas não revelou que já possuía um acordo prévio com o seu antigo companheiro de Palmeiras.
“Tem a situação do contrato de gaveta. Ele pode assinar com qualquer jogador por quantos anos quisesse. Mas levo em questão a conduta. Eu fui na sala dele, ele me falou que nós dois não tínhamos contrato no fim, que por ele ficavam os dois. Não foi uma maneira franca de se posicionar”, afirmou.
Além disso, Prass negou ter problemas de relacionamento com Weverton e Jailson, também rejeitando a versão de que estaria insatisfeito por ser reserva. Essa postura foi usada por Mattos para explicar porque o goleiro deixou de dar entrevistas coletivas no Palmeiras, o que teria sido um pedido do preparador Osmar Rodriguez, para minimizar os atritos com outros colegas de posição.
“Muitas entrevista que dei nessa fase que não vinha jogando, era sobre a minha participação fora de campo, nunca questionei escolha de treinador. Meus colegas de profissão sempre me respeitaram. Isso não aconteceu, de eu exigir de jogar ou reclamar que não estava jogando, só falava da minha renovação, porque era óbvio que eu queria renovar”, finalizou.