A Secretaria Municipal da Saúde inicia nesta quinta-feira, 16 de abril, a segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra o vírus da gripe (influenza) em Ribeirão Preto. Serão imunizados os grupos prioritários formados por pessoas portadoras de doenças crônicas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, além de trabalhadores portuários e indígenas.
Nessa etapa será mantida a vacinação de idosos, trabalhadores da saúde e funcionários das áreas de segurança e salvamento que ainda não foram imunizados. A meta da secretaria é vacinar 90% de cada um dos grupos prioritários, até o final da campanha, no dia 8 de maio. Não haverá postos de vacinação em escolas e “drive thru”, porém, todas as medidas necessárias para evitar aglomerações e cuidados de prevenção serão tomadas nos postos de vacinação, para impedir a propagação da covid-19 a essa população.
Vacinação de idosos
A primeira etapa da campanha de vacinação contra gripe (influenza), direcionada aos idosos a partir de 60 anos, que começou dia 23 de março, já imunizou 78.644 pessoas nessa faixa etária, atingindo 100,60% do público-alvo, estimado em 78 mil idosos em Ribeirão Preto. Esse índice foi possível após a adesão das estratégias de criação de postos de vacinação em escolas e o “drive thru”, para evitar aglomerações e contágio pelo novo coronavírus. A meta da Secretaria Municipal da Saúde era vacinar 90% dessa população.
“Com o empenho de todos, rapidamente alcançamos a meta de cobertura vacinal proposta pelo Ministério da Saúde e vacinamos os idosos de Ribeirão Preto, portanto, conclamamos às pessoas que fazem parte dos grupos prioritários desta fase, que procurem os postos de vacinação e se protejam”, orienta a coordenadora do programa de imunização da pasta, Mayra Fernanda de Oliveira.
Ribeirão Preto possui, atualmente, 38 salas de vacinas que permanecem abertas de segunda a sexta-feira em horários variados. Ribeirão Preto já tem 56 casos confirmados se síndrome respiratória aguda grave (Srag), segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, mas 53 são de Sars-Cov-2 (coronavírus) – 27 de março e 26 deste mês – e três de influenza que resultaram em mortes, um pelo vírus H3N2, outro pelo Flu B e um terceiro não identificado (“Srag A não subtipado”).
No total, Ribeirão Preto já registrou oito mortes por síndrome respiratória aguda grave neste ano. Os outros cinco óbitos ocorreram porque as vítimas foram infectadas pelo novo coronavírus, causador da covid-19. O número de pacientes com Srag cresceu desde o início do ano. Em janeiro eram oito casos, em fevereiro subiu para doze e em março o número saltou para 145.
Em apenas 15 dias, o mês de abril já revela 137 pacientes com a síndrome respiratória, mas que ainda aguardam o resultado para o coronavírus e outras doenças como pneumonia, influenza e gripe comum – nove por dia. No mesmo mês de 2019 foram 31 casos suspeitos.
Em 2020, a Secretaria da Saúde recebeu 302 notificações de Srag. No ano passado inteiro foram 273, contra 346 de 2018. Ribeirão Preto fechou 2019 com 13 mortes por Srag. Foram sete óbitos por H1N1, quatro por H3N2 e dois não subtipados.
Em 2018, durante quatro meses seguidos, a secretaria contabilizou 23 mortes por causa de alguma cepa da influenza – a maioria por H1N1 e H3N2. Em 2017 foram constatadas cinco mortes na cidade, mas em 2016, outros 13 moradores faleceram, além de um falecimento em 2015. Em pouco mais de cinco anos, Ribeirão Preto acumula 58 óbitos por Srag.