Caminhões pelas rodovias
Verificamos nos últimos dias algumas rodovias e o movimento de caminhões com as cargas mais diversas. Na Anhanguera, o movimento é nos dois sentidos. Os profissionais reclamam que em alguns postos não conseguiram o combustível adequado para os motores dos seus pesados veículos. No entanto, a procura não precisou ser muito grande. Os restaurantes estão fechados e somente alguns oferecem marmitex, mas a preços superiores aos normalmente cobrados. Na Candido Portinari, com pedágio, os caminhoneiros reclamaram do impacto dos valores cobrados pelo número de eixos com valores altíssimos pagos às concessionárias que ainda não disponibilizam áreas para descanso obrigatório. Eles garantem que muitas estão construindo referidos pontos de descanso dos profissionais, com infraestrutura para o estacionamento seguro.
Reivindicação
A unanimidade dos motoristas reclama dos preços altos do pedágio, que muitas vezes interfere no valor cobrado pelo transporte. Muitos garantem que para continuar trabalhando reduziram o valor do frete, mas com a incidência de preços altos na alimentação e no combustível (não houve a redução de valores cobrados pelos postos, mesmo com menor preço nas refinarias), ficaram com margem reduzida e precisam dobrar a jornada.
Altino Arantes
Um termômetro do movimento de rodovias é a Altino Arantes, que liga São Paulo a Minas Gerais e a outros Estados como Goiás e Mato Grosso e vai pelo Brasil afora. Como a rodovia é considerada “rota de fuga” para evitar as praças de pedágio (e são muitos), o tráfego de caminhões cargueiros, trucados, bitrens e outros tipos para transporte de cargas diversas é muito grande. O volume é até maior que em outros tempos menos problemáticos. Alguns profissionais apontam as multas de radares como obstáculos para um trabalho mais rentável. A categoria solicita prioritariamente a retirada da cobrança nas praças de pedágios ou outra fórmula para quem está auxiliando a combater a falta de alimentos em todo o país.