Um dos assuntos mais discutidos no meio esportivo durante a paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus é como será feito o retorno dos campeonatos estaduais e se eles, de fato, vão continuar ou se serão encerrados.
No Campeonato Paulista, por exemplo, a competição foi suspensa faltando duas rodadas para a conclusão da primeira fase. O Botafogo, um dos integrantes da zona de rebaixamento até o momento da paralisação, tem evitado entrar em polêmicas, mas fez ressalvas sobre o assunto.
Segundo Adalberto Baptista, presidente do Conselho de Administração da Botafogo S/A, o clube não é contrário ao retorno da disputa. Entretanto, o mandatário pede que a FPF (Federação Paulista de Futebol) dê algumas garantias importantes aos times participantes.
“Que tudo volte da forma como parou. Que os times tenham todos os mesmos jogadores, que haja equilíbrio esportivo da forma como parou. Agora, se acontecer de elencos serem desmontados, como temos ouvido falar de Santo André, Inter de Limeira, times que só tem quatro meses no calendário. Alguns clubes não vão poder jogar com a torcida. Não vai haver tempo mínimo para que os jogadores entrem em campo capacitados fisicamente, acho que a FPF não faria [retomar o campeonato], mas se fizesse, o Botafogo não aceitaria participar dessa forma.
Tudo é suposição, mas se conseguirmos voltar, com contratos prorrogados pela Fifa, com período de intertemporada, volta o Paulista, com as duas rodadas restantes. Caso contrário, acho que a melhor solução é o cancelamento do campeonato e que em 2021 volte a disputa como começou em 2020”, afirmou Baptista em entrevista à Radio CBN.
Já Léo Franco, diretor de futebol do Pantera, evitou falar do assunto. “Eu não me sinto à vontade de falar especificamente sobre isso por conta da posição que ocupamos na tabela. Para não ser acusado que a crise de saúde pública salvou o Botafogo do rebaixamento”, disse Franco.