Tribuna Ribeirão
Economia

Preço do gás de cozinha cai 10%

ALFREDO RISK

A Petrobras anunciou a terceira redução no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) nos últimos dez dias, de 10% nas refinarias a partir desta terça-feira, 31 de mar­ço. Com mais essa queda, o valor do produto, que afeta as famílias de baixa renda, acu­mula corte de 21% nos preços neste ano.

Antes dessas reduções, o preço praticado pela estatal estava 45% acima da paridade com a cotação internacional. O preço nas refinarias passa a ser de R$ 21,85 para o botijão de 13 quilos (gás de cozinha). A redução atinge tanto o GLP residencial como industrial.

Segundo a Petrobras, a empresa está reforçando o abastecimento de GLP no mercado através de compras adicionais já efetuadas dentro do seu programa de importa­ção, depois que a crise pro­vocada pelo coronavírus fez muitas famílias estocarem o combustível, levando à escas­sez pontual em alguns cen­tros urbanos, segundo infor­mou mais cedo o Ministério de Minas e Energia (MME).

Ao todo, a Petrobras fez a importação de três carrega­mentos, um que chegaria nesta segunda-feira e outros dois pre­vistos para 6 e 10 de abril. Cada navio tem capacidade adicional de 20 milhões de quilos de GLP, equivalente a 1,6 milhão de bo­tijões de 13 quilos.

A companhia disse ainda que não há necessidade de es­tocar o produto, e pediu para que as distribuidoras repassem a queda de preços para o con­sumidor. “Não há qualquer ne­cessidade de estocar GLP neste momento, pois não haverá falta de produto para abastecer a po­pulação”, afirmou a estatal.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cida­des paulistas entre 22 e 28 de março, o preço do botijão de 13 quilos vendido em Ribeirão Preto é de R$ 68,24 (mínimo de R$ 65 e máximo de R$ 72) – depois de meses na liderança e há mais de dois anos oscilando entre o primeiro quinto lugar, sempre acima de R$ 80, não aparece mais no ranking dos dez mais caros do estado.

As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 uni­dades por dia para os comer­ciantes. Para definir o preço do botijão de 13 quilos do gás de cozinha que será repassado ao consumidor, os estabeleci­mentos consideram os gastos com mão de obra, a logística, a tributação e a margem de lucro dos estabelecimentos.

Os revendedores de Ribei­rão Preto pagam hoje R$ 53,33 pelo botijão (mínimo de R$ 50 e teto de R$ 55). A variação entre o valor pago pelo revendedor e pelo consumidor chega a chega a 27,9%, diferença de R$ 14,91. O primeiro lugar do ranking dos mais caros é da região.

São Carlos repassa o GLP por R$ 80,98 (piso de R$ 75 e teto de R$ 91), cerca de 18,6% acima ao preço médio do pro­duto ribeirão-pretano, diferen­ça de R$ 12,74. O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 68,24) ain­da está R$ 13,53 acima do pra­ticado em Olímpia, de R$ 54,71 (mínimo de R$ 50 e máximo de R$ 60), o produto mais barato do estado, variação de 224,7%.

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