Tribuna Ribeirão
Cultura

Morre o maestro Martinho Lutero

LUIZ CASIMIRO/DIVULGAÇÃO

Morreu na madrugada des­ta quinta-feira, 26 de março, aos 67 anos, o maestro brasi­leiro Martinho Lutero Galati de Oliveira, uma das principais autoridades do País em músi­ca coral, criador da Rede Cul­tural Luther King e da Came­rata Sé. Ele estava internado em São Paulo e sofreu uma parada cardíaca. A família decidiu pela cremação e pe­diu que homenagens sejam deixadas para um momento futuro em função dos cuida­dos com o novo coronavírus.

“Sugerimos que todos permaneçam em casa e dei­xemos a tão necessária con­fraternização e homenagem para um futuro próximo dada a gravidade da crise pela qual passamos e aos riscos de contaminação”, diz o texto publicado no Fa­cebook pela Rede Cultural. Martinho Lutero dedicou sua trajetória à música coral – acreditando que por meio dela era possível estabelecer diálogos entre culturas.

O Coro Luther King foi criado em São Paulo em 1970 e recebeu prêmios como o da Associação Paulista de Críticos de Arte, tendo se apresentado em países como a Itália, Portu­gal, França, Alemanha, Cuba, Angola e Tunísia. Sua meta é “colaborar para a construção do canto coral, formando e preparando milhares de pesso­as para a vida musical, artística e cidadã, realizando música do passado e do presente, promo­vendo externamente o desen­volvimento, a difusão da litera­tura coral brasileira e a reflexão e o crescimentos das pessoas”.

Em 2020, a Rede Cultural Luther King completa 50 anos. Além do coro, faz parte do projeto a Camerata Sé, que vi­nha se apresentando na Cate­dral da Sé, em São Paulo, além de propor projetos originais, como a apresentação da ópera Treemonisha, de Scott Joplin com os artistas da Ocupação Cultural Jeholu, que se dedica a pensar coletivamente a iden­tidade negra e seu protagonis­mo a partir dos terreiros.

Lutero também desenvol­via trabalho na Itália, onde criou o coro Cantosospeso e era professor no Instituto di Musicologia di Milano e na Libera Università di Lingue e Comunicazione. Nos anos 1980, trabalhou na África, onde criou a Associação Cul­tural Tchova Xita Duma, em Maputo, Moçambique.

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