As vendas do comércio varejista nacional recuaram 25,2% na semana de 16 a 22 de março frente à semana anterior, afirmou nesta quarta-feira, 25 de março, a Boa Vista. A empresa passou a acompanhar as vendas semanais do varejo para avaliar os impactos de medidas restritivas contra o coronavírus sobre o setor. Ante igual semana de 2019, no entanto, a queda registrada nas vendas foi de 9,5%.
Considerando apenas o fim de semana de 21 a 22 de março, a queda nas vendas foi mais expressiva, de 36,6%, na comparação com o fim de semana imediatamente anterior (13 a 15 de março), quando já havia medidas de restrição da circulação. Em relação ao primeiro fim de semana do mês, quando ainda não havia medidas de restrição, a queda foi de 44,3%.
Eduardo Molina, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), disse que o movimento no comércio já recuou cerca de 20% no mesmo período – quando as 108 escolas municipais, as 82 estaduais e as mais de 300 particulares e as lojas dos quatro shopping centers da cidade e do comércio em geral ainda estavam atendendo. As aulas foram suspensas a partir de segunda-feira (23) e o município entrou em estado de calamidade pública na terça-feira (24).
“O fechamento de lojas e a drástica redução na circulação de pessoas têm causado um impacto significante nas vendas do comércio varejista, principalmente nas lojas físicas. As incertezas quanto à duração das restrições e o efeito destas sobre o mercado de trabalho já afetaram fortemente a confiança dos consumidores e devem continuar influenciando negativamente as decisões de consumo”, diz a Boa Vista, em nota. O levantamento foi baseado em uma amostra de consultas realizadas no SCPC no período de 6 a 22 de março.
A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas comunicou em nota oficial sua defesa do fechamento total de todo e qualquer tipo de comércio em território brasileiro, com exceção, dos serviços básicos, como supermercados e farmácias, que devem funcionar com regras de utilização para que se evitem aglomerações.
O comunicado acontece em meio a pandemia do coronavírus, em quarentena. Estima-se que o setor do comércio e serviços seja impactado negativamente em mais de R$ 100 bilhões nos próximos meses. Por esse mapa geral do comércio, e por outro lado, as lojas onlines e serviços delivery crescem para manter a população em casa.