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O isolamento é a regra

Parece redundância dizer para as pessoas se isolarem neste tempo de grave pandemia. E mesmo que pareça repetitivo, quero reafirmar que o isolamento social é a regra do momento. E com poucas exceções. Para as pessoas com mais de 60 anos de idade, as exceções são ainda mais reduzidas. Apenas o essencial, o inevitável. Todo contato que puder ser evitado é de enorme ajuda para o combate ao coronavírus, uma colabo­ração inestimável às autoridades sanitárias e às pessoas da saúde que lu­tam todos os dias para reduzir o número de contágios já existentes. São pessoas que estão na linha de frente, correndo sérios riscos de contrair a doença, justamente na tentativa de curar quem está doente.

Não reputo como tarefa fácil o distanciamento das pessoas, mas o pro­pósito é de extremo valor. Cuidamos neste momento de manter a nossa saúde e a de nossos semelhantes. Mais que isso. Nos isolamos para garantir que a vida continue. E não há motivo maior e nem mais importante que manter a vida, que preservar a nós mesmos e aos outros. O sacrifício é ple­namente justificável. É fato que alguns têm mais dificuldades que outros, mas é preciso, neste momento, superar os obstáculos para perceber que vamos atravessar esse período crítico e continuar a vida.

Alinhados ao que se faz no Brasil e no mundo, principalmente em países mais atingidos pela pandemia do coronavírus, tomamos até aqui medidas necessárias para evitarmos a propagação do vírus que pode ser letal, prin­cipalmente para os idosos e pessoas que já têm outras doenças. A medida mais recente foi a declaração de calamidade pública, na segunda-feira, dia 23, com o objetivo de reduzir ao máximo a circulação de pessoas, por ser esta a melhor forma – senão a única – de não sermos atingidos pela doença.

É possível que alguns encontrem excessos, outros considerem que era possível ampliar mais as restrições. Haverá críticas e incompreen­sões, certamente, como ocorre com as medidas tomadas em outras esfe­ras de governo. Nestes casos ouvimos as críticas, e corrigimos os atos, se entendermos necessário, porque não há uma definição pronta de como devemos agir. O que sabemos é que o isolamento é essencial, mas ainda nos faltam – a leigos e à comunidade científica – muitas informações sobre a doença e de como determinar nosso comportamento diante da pandemia. Outra coisa essencial é a higienização minuciosa das mãos, com água e sabão, e álcool em gel.

Tanto estamos aprendendo com os passos dados que as medidas não estão prontas, mas divulgadas aos poucos. Aprendemos a cada dia, corrigimos rotas e medidas. Podemos mudar nossas decisões à medida em que entendermos necessário. O que não podemos e nem devemos é ficar sem decidir em um momento tão trágico para a humanidade. E não podemos, de forma alguma, perder de vista os riscos que a situação representa para todos nós e nem nos esquecer de outros problemas de saúde e manter os cuidados, como é o caso da vacinação contra a gripe que acontece agora.

E o aprendizado é coletivo. É uma troca de informações constante que nos ajuda a equilibrar as ações. Tenho falado com as pessoas por telefone, videoconferência ou aplicativos de mensagens, como todos fazem. Nesta quarta-feira mesmo, participei de reuniões por videoconferência com chefes de executivo da Frente Nacional de Prefeitos, com prefeitos da Região Metro­politana de Ribeirão Preto e com empresários de nossa cidade.

Seguimos nosso trabalho. Com intensidade e foco na prevenção ao coronavírus. E com a imprescindível dedicação dos profissionais de saúde, manteremos a todos informados, de forma transparente por sites oficiais, redes sociais e dos veículos de comunicação, que têm atuado de forma exem­plar na divulgação dos fatos e orientação das pessoas. Por fim, o momento é de responsabilidade e cooperação. Manter o regime de distanciamento social para evitar o contágio. Proteger os idosos e cuidar dos doentes.

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