O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Comercial e Industrial (Acirp) emitiram comunicados em que declaram apoio ao decreto de calamidade pública baixado nesta segunda-feira, 23 de março, pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), diante do risco de propagação do coronavírus, e da necessidade urgente de preservar a saúde e a vida de lojistas, colaboradores e dos consumidores e evitar a aglomeração de pessoas.
“Com a certeza de que é preciso seguir rigorosamente as orientações das autoridades em saúde, o Sincovarp e a CDL Ribeirão Preto manifestam total apoio ao Sr. Prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, no sentido de decretar o fechamento do comércio varejista na cidade, com as exceções que se fizerem necessárias, no período de 23/3 a 5/4”, diz a nota assinada pelo presidente do sindicato, Paulo César Garcia Lopes.
Ele ressalta que a pandemia já provocou queda altamente significativa do movimento nas lojas. Na semana passada, Eduardo Molina, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), disse que o movimento no comércio já havia recuado 20% – quando as 108 escolas municipais, as 82 estaduais e as mais de 300 particulares e as lojas dos quatro shopping centers da cidade ainda estavam atendendo. As aulas foram suspensas a partir desta segunda-feira.
Nos quatro shopping centers da cidade – RibeirãoShopping, Santa Úrsula Shopping, Shopping Center Iguatemi e Novo Shopping – a maioria das lojas já fechou no sábado (21), apesar de a decisão em dois empreendimentos ser facultativa. Apenas os serviços essenciais continuarão atendendo até 5 de abril – com possibilidade de prorrogação.
A Acirp diz que diante das normas recém decretadas nos âmbitos dos governos federal, estadual e municipal, a entidade entende que é fundamental que as pessoas e as empresas sigam as determinações das autoridades constituídas, “pois acreditamos que elas têm mais informações para avaliar as medidas necessárias para enfrentar a pandemia do covid-19”.
Ressalta que as autoridades recomendam a quarentena e o distanciamento social e pede aos governos medidas de proteção dos empregos e da produção e também medidas de apoio à população mais vulnerável economicamente. “Medidas com esses fins são essenciais para amenizar os impactos econômicos e sociais atuais e futuros da crise”, diz
A Acirp considera justo que todos, Estado, empresas, a população, trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público, dêem sua parcela de contribuição. “A saúde da população é prioridade, uma vez que a vida é nosso maior bem”.
A Acirp tem orientado as empresas e, em conjunto com outras entidades, sugerido e reivindicado das autoridades, medidas como algumas recentemente anunciadas, como a redução de jornadas e salários tanto no serviço público quanto na iniciativa privada, flexibilização da legislação sobre teletrabalho, financiamento especial por meio de juros mais baixos, carência especial e compra de dividas de empresas e a prorrogação de prazos para pagamentos de taxas e impostos municipais, estaduais e federais.
Também requer soluções e medidas de curto e médio prazos para garantir ambientes mais saudáveis para trabalhadores, empresários e consumidores. Por fim, diz que “diante de uma situação sem precedentes, que já tem causado uma crise com prejuízos ainda incalculáveis, a Acirp entende que o pior a fazer é parar”.
E prossegue: “O melhor a fazer é buscarmos juntos, saídas e soluções criativas para mantermos, na medida do possível e com segurança, a economia funcionando e garantindo o abastecimento de bens e prestação de serviços. Soluções que ao mesmo tempo contribuam para reduzir o número de vítimas da pandemia e o desemprego.”
A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas comunicou em nota oficial sua defesa do fechamento total de todo e qualquer tipo de comércio em território brasileiro. A exceção são os serviços básicos, como supermercados e farmácias, que devem funcionar com regras de utilização para que se evitem aglomerações.
O comunicado acontece em meio a pandemia do coronavírus, em quarentena. Estima-se que o setor do comércio e serviços seja impactado negativamente em mais de R$ 100 bilhões nos próximos meses. Por esse mapa geral do comércio, e por outro lado, as lojas onlines e serviços delivery crescem para manter a população em casa.