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Ribeirão, mais de 1.000 leitos para crise

A maior crise sanitária da história (coronavírus) já atinge proporções inesperadas. Paralisa a economia, recolhe as pessoas em suas casas e, na era do mundo digital, já ameaça a comunicação virtual numa urgente mudança de hábitos. Reinventa a vida em sociedade, nos negócios, no trabalho.

1. Os países que não acreditaram nas primeiras informações acabaram surpreendidos (infectados e mortes) e mostram-se despreparados para acudir suas populações, como Itália e Estados Unidos.

2. Os chineses revelaram a capacidade para construir hos­pitais (de campanha) em numa semana e os resultados já se recomendam.

3. No Brasil, o sistema de saúde “entrará em colapso” de 30 a 60 dias, diz o Ministro, expondo a fragilidade do SUS. Daí mobiliza governadores e prefeitos das capitais, porque nestas há grande concentração de brasileiros mais carentes.

4. O prefeito de São Paulo foi exemplar: em 48 horas come­çou a construir hospitais de campanha em áreas da Prefeitura (Estádio do Pacaembu e Anhembi). Já dispõe da liberação dos particulares do São Paulo e do Corinthians.

5. É certo que a nossa Capital é incomparável, mas as boas ideias devem ser consideradas. Em Ribeirão o colapso será o mesmo. Para os usuários dos convênios, as reservas hospitalares são míni­mas. Para o pessoal do SUS, proporcionalmente, nem há.

6. Como o momento é de evidente emergência, cabem me­didas extremas. Comercial e Botafogo podem se inspirar nos co-irmãos da Capital e ninguém censurará os dirigentes.

7. É preciso que o administrador público se impulsione com a mesma solidariedade que sensibiliza a todos nesta hora. Agir, sim, com rapidez, criatividade e coragem (despreendimento).

8. A Prefeitura local conta com a Cava do Bosque e Parque Permanente de Exposições. Além dos ginásios esportivos da Atlética do Banco do Brasil, Ipanema, Recreativa, Sesc, Sesi, mais os salões sociais de uma dezena de clubes, USP, OAB, Apae, sede do Rotary e outros, com infraestrutura (sanitários, cozinhas etc.). Pelas áreas, comportam muito mais de 1.000 (mil) leitos e instalações técnicas. Se não existissem, poderia cogitar os estacionamentos (cobertos) dos Shoppings. Se o momento é típico de uma “guerra”, na Segunda os europeus criaram abrigos subterrâneos que hoje tem uso comercial.

9. Acadêmicos das nossas Faculdades de Medicina, Enfer­magem e Farmácia, públicas e privadas, podem se somar aos voluntários. Nestas horas não se exclui a mão de obra do Tiro de Guerra, Guarda Civil e Polícia Militar. Trabalhadores temporários poderão ser contratados em menor número. Há ferramentas jurídicas que legalizarão a prática.

10. Verbas públicas (estaduais e federais) vão auxiliar os Mu­nicípios que as buscarão – já estão reservadas.

11. Grandes empresas jamais se furtariam ajudar. É por pou­co tempo. Então o que falta?

12. Falta a liderança da autoridade pública que se sinta com­prometida com as dificuldades de sua gente. É sempre dever do Prefeito da cidade que, nestas horas, saberá decidir e agir muito antes das inaugurações de obras que não suplantam as vidas dos nossos semelhantes.

Prefeito Nogueira (filho de Médico), com a palavra.

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