O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira, 9 de março, que o Brasil já tem 25 casos confirmados do novo coronavírus. A pasta também monitora 930 pessoas com suspeita da doença – eram 663 até domingo (8). Outros 53 casos foram descartados nas últimas 24 horas, totalizando 685 pessoas que foram testadas, mas não apresentaram resultado positivo para o Covid-19 no país.
No domingo, Alagoas e Minas Gerais passaram a integrar a lista de estados com a presença do vírus. Com o registro, agora são 16 casos em São Paulo, três no Rio de Janeiro, um no Espírito Santo, dois casos na Bahia, um no Distrito Federal, um em Alagoas e um em Minas Gerais.
Dos 25 casos, quatro deles ocorreram por meio de transmissão local, por contato com pessoas que tiveram a confirmação de contágio pelo coronavírus. Os outros 21 casos são de pessoas que estiveram fora do País. São Paulo e Bahia foram os dois estados que registraram pessoas infectadas por transmissão local.
No Distrito Federal, a paciente infectada após uma viagem ao Reino Unido está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Segundo a Secretaria de Saúde do DF, ela teve uma melhora do quadro respiratório, mas o estado ainda é grave, com síndrome respiratória aguda.
Os casos em todo o mundo passaram dos 105 mil, espalhados por 101 países. Eles provocaram 3,5 mil mortes, o que resulta em uma taxa de letalidade de 3,4%. A China é responsável por 80,5 mil casos, com 3,1 mil óbitos. Já a Europa totalizou até o momento 9,5 mil pessoas infectadas.
Mais Médicos
O Ministério da Saúde irá lançar, previsto ainda para esta semana, um chamamento para cerca de cinco mil profissionais pelo programa Mais Médicos para reforçar a capacidade de assistência em saúde durante a emergência do coronavírus. Capitais e grandes centros urbanos voltam a participar do programa, que até então vinha priorizando somente municípios de maior vulnerabilidade. A medida é em razão de serem locais com maior concentração de pessoas, o que ajuda a ampliar a circulação do coronavírus.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9), em Brasília, durante coletiva de imprensa para atualização da situação do coronavírus no país. As inscrições estão previstas para a próxima semana e a expectativa é que os profissionais comecem a atuar em cerca de três semanas. Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabardo, a medida vai fortalecer o atendimento nos postos de saúde evitandos buscas desnecessárias aos hospitais.
Vacinação contra a gripe
A campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada para o dia 23 de março, estendendo-se até maio. Na primeira fase, o foco será imunizar idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde. Na segunda fase, a partir do dia 16 de abril, o público-alvo será o professores e profissionais das forças de segurança e salvamento.
A terceira etapa terá início no dia 9 de maio e vai atender crianças de seis meses a menores de 6 anos, doentes crônicos, pessoas com 55 anos ou mais, grávidas, mães no pós-parto, população indígena e portadores de condições especiais. Nesta data também será o dia D de vacinação da campanha.
“Tem o desafio novo de realizar campanha com segurança, buscando evitar aglomerações, é bastante complexo. Ajustamos o cronograma para que a gente faça uma imunização para as pessoas mais vulneráveis e quem está trabalhando diretamente no atendimento, no posto de saúde, na unidade básica”, afirmou o secretário de vigilância em saúde da pasta, Wanderson de Oliveira.