O filme “A vida invisível”, de Karim Aïnouz, vencedor da Mostra “Um Certo Olhar” do Festival Internacional de Cinema de Cannes de 2019 e escolhido para representar o Brasil no Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano – ficou de fora da lista de indicados: o vencedor foi o sul-coreano “Parasita” (“Gisaengchung”, 2019,) do diretor Bong Joon-ho –, estará em cartaz em Ribeirão Preto graças à parceria entre o Cineclube Cauim e o Sesc.
Será apenas uma sessão, nesta quinta-feira, 12 de março, às 20 horas, no Cine Cauim, na rua São Sebastião nº 920, no Centro de Ribeirão Preto. A entrada é franca, mas com retirada de convites com uma hora de antecedência. É bom chegar mais cedo porque geralmente tem fila. Mais informações pelo telefone (16) 3441-4341 e no site do cineclube (www.cineclubecauim.ong.com.br). O filme não é recomendado para menores de 16 anos.
“A vida invisível” foi escolhido ao concorrer com outras onze produções nacionais, segundo a Academia Brasileira de Cinema: “A última abolição, de Alice Gomes; “A voz do silêncio”, de André Ristum; “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho; “Bio”, de Carlos Gerbase; “Chorar de rir”, de Toniko Melo; “Espero tua (Re)volta”, de Eliza Capai; “Humberto Mauro”, de André Di Mauro; “Legalidade”, de Zeca Brito; “Los Silencios”, de Beatriz Seigner; “Simonal”, de Leonardo Domingues e “Sócrates”, de Alex Moratto.
O longa-metragem, coproduzido pelo Canal Brasil, fala da invisibilidade dos mais variados tipos de violência sofridas por mulheres. O filme é baseado no livro “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, e conta a história das irmãs Gusmão, Eurídice e Guida. Fernanda Montenegro e Carol Duarte dividem o papel de Eurídice, enquanto Julia Stockler interpreta Guida. Em 1999, quando “Central do Brasil” foi indicado à principal categoria do Oscar® para estrangeiros, o filme também contava com a participação da atriz Fernanda Montenegro, que inclusive concorreu ao Oscar de melhor atriz naquele ano.
Sinopse
Década de 1940. Eurídice é uma jovem talentosa, mas bastante introvertida. Guida é sua irmã mais velha, e o oposto de seu temperamento em relação ao convívio social. Ambas vivem em um rígido regime patriarcal, o que faz com que trilhem caminhos distintos: Guida decide fugir de casa com o namorado, enquanto Eurídice se esforça para se tornar uma musicista, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as responsabilidades da vida adulta e um casamento sem amor.
No Rio de Janeiro dos anos 1950, Guida e Eurídice são cruelmente separadas, impedidas de viverem os sonhos que alimentaram juntas ainda adolescentes. Antigas cartas de Guida surpreendem Eurídice, agora uma senhora de 80 anos. Duas mulheres, duas irmãs tentando lutar contra as forças sociais que insistem em frustrá-las. Invisíveis em uma sociedade paternalista e conservadora, elas se desdobram para seguir em frente.