Tribuna Ribeirão
Economia

Doria sanciona nova Previdência paulista

GOVERNO DE SÃO PAULO

O governador João Doria (PSDB) sancionou, nesta sex­ta-feira, 6 de março, a nova Previdência paulista, que entra em vigor imediatamente. Na cerimônia de sanção, o gover­nador destacou que a Assem­bleia Legislativa de São Paulo (Alesp) fez justiça, aprovando a matéria, mesmo sob pressão do funcionalismo. Isso porque, na sua avaliação, as novas regras previdenciárias do funcionalis­mo paulista serão fundamentais “para evitar a falência e o caos desse sistema”.

Doria disse que a economia prevista com a medida será de R$ 58 bilhões em 15 anos. Se­gundo ele, esses recursos serão destinados para áreas como educação, saúde, saneamento e segurança pública, benefician­do a população mais carente. A medida foi aprovada em se­gunda votação na terça-feira (3), na Alesp, por 59 votos a 32, num clima de confronto dos servidores com a tropa de cho­que da Polícia Militar.

A nova Previdência paulista estabelece uma idade mínima para aposentadoria, de 62 anos para mulheres e 65 para os ho­mens, acaba com o recebimento de adicionais por tempo de ser­viço e proíbe a acumulação de vantagens temporárias – como o recebimento de valores adi­cionais na aposentadoria por ter exercido cargos de chefia no ser­viço público.

Para professores, a idade mínima de aposentadoria ago­ra é de 51 anos para mulheres e 56 para homens. Policiais ci­vis e agentes penitenciários, de ambos os sexos, devem se apo­sentar a partir dos 55 anos. Os militares não foram incluídos na proposta. A proposta também estabelece que, para receber a aposentadoria integral, será ne­cessário ter 40 anos de contri­buição no serviço público.

Enquanto o trabalhador protesta, o patrão comemora. “É um fato histórico, de grande im­portância para o governo de São Paulo, mas muito mais impor­tante para a população, para os quase 46 milhões de brasileiros que vivem aqui no Estado”, disse Doria. “Com a economia de R$ 58 bilhões, fundamentalmente os recursos serão aplicados na educação, saúde, saneamento, infraestrutura e segurança pú­blica”, emenda.

“São recursos essenciais para que nosso governo e os governos que nos sucederem tenham a oportunidade de re­alizar políticas públicas reais, voltadas principalmente aos mais pobres”, comentou Doria. A reforma, segundo o tucano, é essencial para a sustentabi­lidade financeira dos recursos públicos e a recuperação da capacidade de investimento do Estado. A proposta mantém o direito de servidores à aposen­tadoria sem atrasos ou redução e também permite a manuten­ção e ampliação de serviços pú­blicos essenciais, como saúde, segurança e educação.

Em 2019, o rombo com a Previdência em São Paulo foi de R$ 27,7 bilhões. O total des­tinado às aposentadorias do funcionalismo paulista foi de R$ 34 bilhões, com apenas R$ 4,8 bilhões de contribuições dos servidores e R$ 1,5 bilhão de royalties. Sem a Nova Previ­dência, a despesa com aposen­tadorias e pensões do funciona­lismo paulista poderia superar o pagamento de salários a ser­vidores da ativa já em 2023.

A reforma prevê respeito ao teto do Regime Geral da Previ­dência Social para cálculo dos benefícios, novas regras para pensão por morte e alíquotas progressivas de contribuição, que vão de 11% a 16%. Serão mantidas regras especiais para professores, policiais e pessoas com deficiência. Também have­rá regras de transição para ser­vidores que já ingressaram no funcionalismo estadual. Aqueles que já cumpriram os requisi­tos para se aposentar não serão atingidos pela mudança e os ser­vidores já aposentados somente terão mudança na alíquota.

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