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Número de mortos no litoral chega a 32

DIVULGAÇÃO/CORPO DE BOMBEIROS

Pelo quarto dia, os bombei­ros trabalham nas buscas por desaparecidos da chuva que dei­xou um rastro de destruição em Santos, São Vicente e no Guaru­já. Quarenta e sete pessoas con­tinuam desaparecidas. Trinta e duas morreram. A informação foi atualizada no começo da tar­de desta sexta-feira, 6 de março, pela Defesa Civil.

A cidade mais atingida foi o Guarujá, que concentra o maior número de mortes, são 26. Outras 42 pessoas estão desaparecidas. Na cidade, sete morros foram atingidos, sendo dois com maior gravidade: o da Barreira do João Guarda e o da Bela Vista, conhecido como Macaco Molhado.
Em Santos, há quatro mor­tos e quatro desaparecidos. São Vicente registrou duas mortes e tem um desaparecido. O nú­mero atual de desabrigados é de 249 no Guarujá e 185 em Santos. Após quatro dias de buscas, familiares e amigos de desaparecidos começam a perder a esperança em achar sobreviventes.

O Corpo de Bombeiros co­meçou a utilizar máquinas para ajudar na retirada dos escom­bros, na tentativa de encontrar vítimas. Com sol nos últimos dois dias, o trabalho ficou mais fácil, já que a lama está mais seca e o terreno fica mais propício a aguentar o peso do maquinário.
Atualmente, segundo in­formações do Gabinete de Cri­se montado pela Prefeitura de Guarujá, 177 bombeiros traba­lham na parte operacional nos locais atingidos pelos desliza­mentos na Baixada Santista. Ou­tros 20 agentes dão apoio.

Voluntários ligados à Igreja Adventista do Sétimo Dia tra­balham diuturnamente para servir, em média, 350 marmi­tas por dia aos voluntários e bombeiros que trabalham no resgate das vítimas. Os muni­cípios afetados já receberam 30,5 toneladas de materiais de ajuda humanitária, incluindo colchões, cobertores, cestas básicas, água sanitária e água potável. O estoque ficará arma­zenado no depósito do Fundo Social de Santos e será distri­buído mediante solicitação das defesas civis locais.

A sexta-feira começou com sol na Baixada Santista. No en­tanto, com os ventos úmidos que continuam soprando do oceano em direção à costa, há previsão de chuva fraca nos períodos da tarde e da noite, porém sem ris­co de temporais. Como o solo já está encharcado pelo volume de água dos dias anteriores, o risco de novos transtornos e desliza­mentos continua elevado.

Apenas no verão deste ano, o total de mortes por chuvas no Sudeste – São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo – já chegou a pelo menos 147 – 70% a mais do que no verão passado, quan­do houve 82 vítimas. Dados da Defesa Civil também apontam que a região já conta com mais de 87 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

No Estado de São Paulo, já são 53 mortes em decorrência da chuva neste verão. No ano anterior, haviam sido 41. Mi­nas Gerais é o Estado com mais mortos (72), quatro vezes mais do que no verão anterior. A combinação de efeitos de longo prazo das mudanças climáticas, temperaturas mais baixas nos oceanos e falhas urbanísticas nas cidades leva aos desastres.

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