A juíza Márcia Cristina Sampaio Mendes, da 5ª Vara do Trabalho, autorizou a apuração dos votos para eleição da nova diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/RP) e também a posse dos eleitos. A Comissão Eleitoral iniciará a contagem às nove horas desta quinta-feira, 5 de março, na sede da entidade, na rua XI de Agosto nº 361, nos Campos Elíseos, na Zona Norte.
A decisão da magistrada é desta quarta-feira (4). A eleição foi realizada em 4 e 5 de fevereiro, sob polêmica, com disputa na Justiça Trabalhista. As duas chapas de oposição à atual diretoria do SSM/RP, a SindLuta, que tem como candidato à presidência Alex Ramos Neves, e a Movimento por um Sindicato de Todos, encabeçada pelo servidor Wulf Glakowicz, impetraram ação civil coletiva – com pedido de liminar – solicitando a suspensão do pleito sob a alegação de que havia disparidade entre o número de representantes da situação na Comissão Eleitoral e também questionando a imparcialidade dos 25 mesários.
A juíza chegou a acatar o pedido e anunciou a suspensão do pleito do segundo dia, determinando que as autoras da ação apresentassem provas da denúncia. Também, agendou audiência com os representantes das três chapas, no Fórum Trabalhista de Ribeirão Preto. Mais tarde, acatou os argumentos do sindicato e manteve a eleição. Determinou, porém, que as 14 urnas fixas e as cinco itinerantes permanecessem lacradas após o fim da votação, sem apuração e divulgação do resultado sob pena de pagamento de multa no valor de R$ 250 mil.
Ela também autorizou as duas chapas de oposição a indicarem 19 mesários para acompanhar o processo. A chapa da situação é a Unidade e Luta, que tem como candidato o atual presidente do SSM/RP, Laerte Carlos Augusto. A ação ainda tramita na Justiça Trabalhista e ainda há a possibilidade de a magistrada entender que há motivo para anulação do pleito. O atual mandato termina no final de março e a posse será em abril, ainda sem data marcada.
As duas chapas de oposição dizem que não vão acompanhar a apuração. Cerca de nove mil funcionários públicos filiados à entidade estavam aptos a participar do pleito. A escolha da nova diretoria, que terá um mandato de quatro anos (2020- 2023), aconteceu em 14 locais com urnas fixas e por meio de cinco itinerantes que percorrerram as secretarias e órgãos públicos municipais. Caso haja empate será feito um segundo turno, nos dias 25 e 26 de março. O orçamento médio anual do sindicato é de R$ 9 milhões.