O Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, laboratório de referência para o novo coronavírus, descartou nesta quarta-feira, 4 de março, dois casos de Covid-19 que estavam sob investigação em Ribeirão Preto – além de outros três em Batatais e Barretos. Os resultados deram negativo, de acordo com informações divulgadas pelas prefeituras.
Em Ribeirão Preto, os dois casos descartados são de duas mulheres, mas a prefeitura não deu mais detalhes. Na terça-feira (3), exames do Adolfo Lutz deram negativo e descartaram a presença do novo coronavírus no empresário de 42 anos que chegou ao Brasil no dia 22 de fevereiro, em voo direto de Milão para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde embarcou em um avião para Ribeirão Preto.
Todas os pacientes, porém, estavam com os sintomas da doença, como coriza e dor de garganta, e viajaram para a Europa ou mantiveram contato com alguém que esteve no Velho Continente. No retorno a Ribeirão Preto, permaneceram em isolamento domiciliar depois de procurar atendimento nas redes pública e privada. Todos os protocolos para o atendimento foram realizados.
Ribeirão Preto ainda aguarda o resultado de mais oito casos suspeitos, todos com o mesmo histórico: apresentaram os sintomas da doença e fizeram viagem para alguns dos países de risco. Os números das secretarias municipais e do Ministério da Saúde não são necessariamente iguais, já que os órgãos têm horários e procedimentos distintos para apresentação dos boletins diários.
“Esperamos que, a exemplo dos três já negativos, todos os demais a serem analisados através do Instituto Adolfo Lutz também possam ser negativos”, diz o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), que anunciou os resultados dos exames nas redes sociais. Em Batatais, o único caso suspeito foi descartado, segundo comunicado oficial da prefeitura.
“Vamos continuar com as medidas de prevenção e não nos esquecermos da dengue que mata muito mais que o coronavírus e precisa de mais atenção diante do clima propício para sua propagação”, informa. Segundo a administração de Barretos, duas pacientes com sintomas da doença também tiveram a hipótese descartada nesta quarta-feira. “A Secretaria da Saúde informa que continua em alerta e seguindo a normas de condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde”, comunica.
O governo de São Paulo definiu que, no interior do estado, o Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP), é um dos quatro centros de referência para o tratamento de casos graves da doença. O superintendente da instituição, Benedito Carlos Maciel, integra o Centro de Contingência de Coronavírus, criado pela Secretaria Estadual de Saúde para estabelecer referências de saúde públicas e privadas.