Aterro sanitário
A administração municipal, quando contrata a coleta do lixo, engloba, além de outros serviços correlatos, o transporte de todo o trabalho realizado pelas ruas da cidade para Guatapará. Junto com o lixo doméstico vai também todo o chamado “lixo útil”, sem separação para utilização de muitos materiais que são recicláveis pelo mundo afora. Fica mais caro o transporte para um aterro sanitário de Guatapará do que toda a coleta feita pelos caminhões e funcionários.
Ribeirão já teve um aterro nota 10
Na rodovia entre Ribeirão Preto e Dumont havia um aterro sanitário administrado pelo Dursarp que era considerado “mota 10”. O monitoramento era feito pela Cetesb para que se evitasse a penetração do chorume no lençol freático, etc. Após todo o aterro do lixo também ocorria a queima de resíduos Depois de algum tempo, houve contestação dos serviços e optou-se pela utilização do aterro da vizinha cidade, que ao que consta é particular. Nenhum prefeito tentou voltar ao projeto antigo para a separação do lixo e do aterro da parte que poderia assim se proceder.
Argumentos
Muitos argumentos se acumularam sobre a falta de vontade política para a construção do aterro sanitário. Dentre as alegações, a possibilidade de se macular o Aquífero Guarani era a que mais pesava à época. Poucos sabem dos estudos realizados pelos geólogos israelenses, há muitos anos. Eles traçaram o perfil do subsolo e determinaram que a maior parte de Ribeirão Preto é constituída por basalto, que impermeabiliza e impede a contaminação do aquífero. Mas, mesmo assim, todos continuaram a enviar o lixo para Guatapará e houve época em que também o lixo de São José do Rio Preto era depositado naquele aterro, e pelo qual se cobrava mais barato que o de nossa cidade, mesmo percorrendo mais quilômetros para chegar ao destino final. Poucos questionaram as incongruências e até hoje continuamos como antes.
Dursarp
O Departamento de Urbanização e Saneamento de Ribeirão Preto (Dursarp) foi um marco no desenvolvimento urbano. Tivemos boas administrações e era ele quem comandava o aterro sanitário. Infelizmente, resolveram sepultar aquele importante setor. Se não dava lucro, também não dava prejuízo. Parece que os bons exemplos não frutificam na sequência de prefeitos. Quando um assume a tendência é deixar de lado tudo que o antigo realizou, “passam a régua” para começar vida nova. Quem paga o prejuizo é sempre o povo.