Aparentemente Rafaela Cristina Campos Donegá, 31 anos, tem uma vida que muitas pessoas poderiam invejar. Família, emprego de auxiliar de laboratório e bolsa de estudo integral em uma conhecida faculdade de Enfermagem da cidade. Evangélica, ela, entretanto, não estava plenamente satisfeita e achava que algo estava faltando em sua vida. E em 2019, durante uma conferência missionária em que participou na cidade de São Paulo, diz ter sido tocada por algo sobrenatural para se dedicar a fazer missão, seja no Brasil ou exterior.
Fazer missão é realizar a pregação de uma religião em locais onde a mesma ainda geralmente é pouco difundida. O missionário é quem realiza o trabalho missionário. Ele é uma figura comum dentro de diversas crenças, embora o termo seja essencialmente usado por pregadores do cristianismo.
Desde então, Rafaela que é solteira, diz ter sido constantemente incomodada a agir e realizar o que classifica como “chamado de Deus” e no começo deste ano deixou o emprego e trancou a matrícula da faculdade para iniciar o processo de preparação e viabilização da empreitada espiritual.
A partir do próximo dia 27 de fevereiro Rafaela participa durante três meses, em Pariquera Açu, cidade paulista localizada na região do Vale do Ribeira, de uma Escola de Treinamento e Discipulado Jovens Com Uma Missão (Jocum).
O projeto Jocum é um Movimento internacional e interdenominacional, empenhado na mobilização de jovens de todas as nações para a obra missionária. Foi criado em 1960 por Loren e Darlene Cunningham.
No Brasil, as atividades foram iniciadas em 1975, através do casal americano Jim e Pamela Stier. Hoje a Missão conta com 65 escritórios e centros de treinamentos missionários espalhados por todas as regiões brasileiras.
Tem como ênfase a mobilização de cristãos e reúne para isto pessoas diferentes trabalhando nas mais diferentes atividades evangelísticas. Entre os missionários, podem ser encontrados jovens, famílias, aposentados, universitários recém-formados e pós-graduados.
Atualmente tem aproximadamente 18 mil missionários, destes 1.300 brasileiros, trabalhando integralmente em mais de 1.200 centros de atividades missionárias permanentes, em 180 dos 238 países do Mundo. Anualmente estima-se que mais de 25 mil pessoas participem dos programas de curto prazo e escolas de treinamento.
Em Pariquera Açu Rafaela ficará três meses. Terá aulas teóricas e receberá orientações sobre o projeto. Depois, durante outros três meses – ela e os outros participantes – serão divididos em grupos e enviados para algum lugar do Brasil ou exterior onde o projeto já tenha um núcleo. Nestes locais eles realizarão o trabalho de evangelização e filantropia. Segundo Rafaela os participantes podem escolher para onde desejam ir.
Incentivada pela família que, ela diz ter aceitado sua decisão, Rafaela está levantando recursos para a viagem realizando vários trabalhos, como a venda de marcadores de páginas. Quem quiser contatá-la pode fazer pela página do Instagram @rafa. bookmarks ou no Instagram pessoal @rafaela.donega.