O Ministério da Saúde acompanha cinco casos de pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), entre eles uma criança de dois anos. O boletim divulgado nesta terça-feira, 18 de fevereiro, traz dois casos a mais que o de segunda-feira (17). Todos estiveram na China, mas nenhum deles na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro da doença.
“Entraram mais dois casos de São Paulo, então permanecem os dois de ontem e dois novos em São Paulo e o do Rio Grande do Sul permanece desde a semana passada”, disse em coletiva à imprensa o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Segundo o secretário, o paciente do Rio Grande do Sul foi testado para os vírus mais comuns, como H1N1, e os testes deram negativo.
Agora, uma amostra está sendo enviada para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para análise específica quanto ao novo coronavírus. Três dos pacientes ainda serão testados para vírus gripais. Gabbardo enfatizou que a mobilização para prevenir e conter o vírus continua pelo menos até o começo do inverno. “Nós não vamos reduzir todas essas ações feitas, toda mobilizações feita antes da chegada do inverno, independentemente de até lá nós termos casos confirmados no Brasil”.
Repatriados
A pasta deve divulgar nesta quarta-feira (19) o resultado dos exames dos brasileiros resgatados da China e dos tripulantes da Força Aérea Brasileira que estiveram envolvidos na ação. No total, 58 pessoas estão em quarentena na Base Aérea de Anápolis (GO) para descartar o risco de contaminação pela doença no Brasil.
Mortes na China
A Comissão Nacional de Saúde da China informou nesta terça-feira que o número de casos de coronavírus no país subiu para 74.185 e o total de mortes aumentou para 2.004. No comunicado, a comissão afirma ainda que há 5.248 casos suspeitos no país e que 14.376 pessoas já foram curadas. O documento informa, também, que há 62 casos da doença confirmados em Hong Kong, com um óbito, dez casos em Macau e 22 em Taiwan.
O diretor do hospital Wuchang, na cidade chinesa de Wuhan, centro do novo coronavírus, morreu ontem de uma pneumonia resultante do Covid-19, segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês. Neurocirurgião de 50 anos, é o primeiro diretor de um hospital a sucumbir à doença, informa o jornal.
O ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, Katsunobu Kato, afirmou que as pessoas a bordo do cruzeiro Diamond Princess, cujos exames deram negativo para o novo coronavírus, poderão deixar a embarcação sob quarentena a partir desta quarta-feira (19). Kato declarou que as amostras de material da garganta tinham sido coletadas de todos os passageiros até o dia anterior, e que os resultados laboratoriais estarão disponíveis hoje.
Na segunda-feira (17), cerca de 3,2 mil passageiros e tripulantes permaneciam no navio atingido pelo vírus, que encontra-se ancorado no porto de Yokohama, ao sul de Tóquio. O período de quarentena de 14 dias visando monitorar o estado de saúde das pessoas a bordo deve se encerrar nesta quarta-feira. Katsunobu Kato disse que todos que estão no Diamond Princess desejam voltar para casa rapidamente e que sua pasta planeja ajudá-los a concretizar isso de maneira organizada.