O sul-coreano “Parasita” (“Gisaengchung”, 2019,) do diretor Bong Joon-ho, o grande vencedor do Oscar 2020, concorreu a seis estatuetas e levou quatro na noite de 9 de fevereiro, quando a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas promoveu a 92ª cerimônia do Oscar (92nd Academy Awards). Nesta quinta-feira, dia 20, o filme estará em cartaz no Cine Cauim, em Ribeirão Preto, com entrada gratuita.
A obra, que retrata a desigualdade econômica no país asiático, concorreu a seis estatuetas e levou quatro, incluindo as principais da premiação: melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro original (para Bong) e melhor filme internacional. Parceria entre o Cineclube Cauim e o Sesc Ribeirão Preto em 2020, iniciada com a exibição do filme “Bacurau”, traz agora a produção sul-coreana que também faturou a Palma de Ouro, no Festival Internacional de Cinema de Cannes.
Será apenas uma sessão, nesta quinta-feira (20), às 20 horas, no Cine Cauim, na rua São Sebastião nº 920, no Centro de Ribeirão Preto. A entrada é franca, mas com retirada de convites com uma hora de antecedência. É bom chegar mais cedo porque para a sessão especial de “Bacurau” teve fila. Mais informações pelo telefone (16) 3441-4341 e no site do cineclube (www.cineclubecauim.ong.com.br). O filme não é recomendado para menores de 14 anos.
“Parasita”
O filme, também premiado no Globo de Ouro e no Critic’s Choice Awards, tornou-se uma sensação nos Estados Unidos, onde figurou em diversas listas dos melhores longas do ano passado exibidos no país.
A trama acompanha a família de Ki-taek, que está desempregada e vive num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica.
Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrar também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos. “Parasita” é uma reflexão sobre duas famílias completamente distintas. De um lado está a de Ki-taek, jovem ambicioso que mora em condições miseráveis, vivendo de bicos e pequenos golpes. Do outro lado estão os Park, membros da nova geração surgida com o desenvolvimento tecnológico e econômico da Coreia do Sul, que vivem em uma mansão, cercados por toda a comodidade que a tecnologia pode oferecer nos tempos atuais.
Um lance de sorte oferece a oportunidade para o esperto Ki-taek aproximar-se da família Park e, aos poucos, toda sua família vai assumindo funções na mansão Park, numa drenagem crescente de dinheiro e da influência nos assuntos da outra família. Essa analogia propiciou a escolha do nome do filme: como faz parasita na natureza, Ki-taek e seus familiares vão tomando conta da vida dos endinheirados, porém ingênuos, Park. O desfecho da trama acaba sendo surpreendente e violento, numa constatação que a interação entre as classes sempre irá gerar conflitos.