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A volta dos antigos carnavais

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Na década de 80, na semana que antecedia os bailes de Carnaval nos clubes de Ribeirão Preto, o desfile de fantasias realizado na an­tiga sede da Sociedade Socorros Mútuos, no Centro, era disputado. Fantasias vinham do Rio de Janeiro e São Paulo para concorrerem aos prêmios. Em meados da década de 90 os desfiles acabaram, mas agora o jornalista Sér­gio Rocha pretende reativá-los.

Rocha explica que os desfiles nasceram, no passado, de uma brincadeira que fez no Rio de Janeiro com Arnaldo Montel e Beli­no Melo, que organizavam grandes bailes na capital fluminense, no Hotel Glória. “Eu falei brincando que queria fazer um baile daque­les em Ribeirão Preto, mas eles disseram que era muito difícil. Perguntei por brincadeira se seria difícil trazer o Clóvis Bornay (um dos ícones dos desfiles de fantasias no Brasil), e para minha surpresa eles disseram que sim e já armaram tudo naquela hora. Pra mim foi um alvoroço”, ri.

Sérgio Rocha diz que desfiles de fantasias nasceu na cidade após uma brincadeira com amigos no Rio. Evento era concorrido

O jornalista lembra que uma das dificul­dades foi encontrar fantasias e pessoas para participar do desfile com Bornay. “Mas ele foi fantástico. Ele era um nível muito acima e percebeu isso. Conversou e incentivou os participantes da cidade. Disse que mandaria fantasias. Ele realmente abriu caminho”.

No ano seguinte Bornay não veio, mas re­alizou o prometido. Mandou fantasias e cinco pessoas que desfilavam no Rio. A partir daí o desfile ficou famoso e tradicional na cidade.
Posteriormente, Rocha conversou com João Páscoa, em São Paulo, que era o grande responsável pelos desfiles na capital. Páscoa também aceitou e começou a mandar repre­sentantes paulistas para os desfiles.

“Ai ficou muito concorrido. Belas fantasias e alto nível. As noites realmente eram dispu­tadas pela sociedade ribeirão-pretana, pois era um grande evento, uma abertura do Car­naval na cidade”, lembra Rocha.

Rocha diz que os desfiles terminaram por conta de mudanças nos clubes em que eram realizados – começou na Sociedade Socorros Mútuos e depois foi para o Palestra Itália. “Eu também cansei. Dava muito trabalho e como surgiram esses pequenos problemas, resolvi parar e ninguém tocou. Infelizmente foi as­sim”, revela.

Carnaval dos Velhos Tempos
Sérgio Rocha afirma que vai retomar os bailes e desfiles. “Os bailes com marchinhas acabaram porque infelizmente as músicas não tocadas não eram de Carnaval. Ficou sem sentido para muita gente. Os clubes pararam e hoje pouco se fala”.

“Primeiro vamos fazer nesse ano um baile à moda antiga. Ano que vem vamos trazer os desfiles. Acredito que isso faz falta para muita gente”, diz.

O baile será realizado no dia 22 de feverei­ro no Clube da Velha Guarda. São esperadas 400 pessoas. Metade das mesas já foi vendida.

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