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RP é 10ª em ranking de gestão municipal

JF PIMENTA

A quarta edição do estudo Desafios da Gestão Municipal (DGM), que está sendo lançado pela Macroplan neste ano eleito­ral, mostra quais cidades entre­garam mais serviços em quatro áreas essenciais – saúde, edu­cação, segurança e saneamento e sustentabilidade. O ranking avalia os 100 maiores municí­pios do país em termos de po­pulação (mais de 273 mil ha­bitantes), que respondem por cerca de metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Ribeirão Preto, com 703.293 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís­tica (IBGE), ocupa a 10ª posição, com nota geral (média dos qua­tro tópicos) de 0,717 no Índice Desafios da Gestão Municipal (IDGM) em uma escala que vai de zero a 1. Galgou dois degraus em um ano, saindo do 12º lugar no estudo anterior. Em uma dé­cada, entretanto, despencou do segundo para o 10º lugar, per­dendo oito postos.

A cidade está atrás de sete municípios paulistas – Piraci­caba, primeira do ranking com 0,757 –, São José do Rio Preto (segunda, 0,739), São José dos Campos (quarta, 0,738), Jundiaí (quinta, 0,730), Sorocaba (sexta, 0,723), Limeira (sétima, 0,720) e Franca (oitava, 0,718). Comple­tam o “top 10” as paranaenses Maringá (terceira, 0,739) e Curi­tiba (nona, 0,718).

A saúde ribeirão-pretana está na 20ª colocação, com nota 0,654, segundo o IDGM Saúde. Galgou onze posições no ano e perdeu sete na década (era a 13ª). Ribeirão Preto, com nota 0,616 no IDGM Educação, ocu­pa o 24º lugar – caiu seis posi­ções em um ano (era a 18ª) e 13 na década (era a 11ª). O IDGM Segurança é um dos pontos for­tes da cidade, com nota 0,858.

Saltou para o 15º lugar de­pois de avançar onze posições em um ano (era a 26ª). Mas caiu quatro na década (era a 11ª). Por fim, no IDGM Saneamento e Sustentabilidade o município vai bem. Apesar de ser a 13ª do ranking, tem nota alta de 0,937. Ganhou duas posições em um ano (era a 15ª) e perdeu seis na década (era a sétima).

Na experiência internacio­nal, as cidades que lideram as listas dos melhores lugares para se viver, em geral, são as que conseguem conciliar geração de oportunidades com qualidade de vida e a gestão municipal tem papel crucial nesta função. Os municípios, por exemplo, são responsáveis pelos anos iniciais do ciclo escolar que são deter­minantes para a igualdade de oportunidades.

Nas famílias com renda do­miciliar per capita de até um sa­lário mínimo (R$ 1.045), 90,7% das crianças de seis a 14 anos frequentam escola pública, se­gundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2018), do IBGE. A maior par­te delas na rede municipal que abriga 68,5% das matrículas do ensino fundamental da rede pú­blica (Censo Escolar de 2018).

Quanto pior a qualida­de do serviço público, maior tende a ser o abismo entre os que dele dependem e os que podem recorrer a iniciativa privada. O desempenho glo­bal da gestão de cada cidade é avaliado por um índice sinté­tico, composto por uma cesta de 15 indicadores de todas as áreas analisadas, o IDGM, que varia de zero a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do município.

O estudo da Macroplan não avalia a gestão de prefeituras específicas, mas o legado de vá­rias administrações das cidades, aferindo a evolução dos indica­dores na última década, assim como no último ano. Na última década analisada, a evolução do IDGM revela que houve avanços positivos em praticamente todos os 100 municípios. Exceção é a área de segurança que registrou retração em 34 municípios.

Já na análise do último ano, é possível verificar uma maior retração no IDGM nas cidades do estudo. Quase metade de­las teve piora no desempenho. Cinco municípios no Norte, seis no Nordeste, 26 no Sudes­te, dez no Sul e dois no Centro­-Oeste tiveram desempenhos negativos no índice agregado, sendo mais frequentes na saú­de (83 municípios) e segurança (46 municípios).

No estudo da Macroplan, é possível verificar as grandes diferenças regionais na capaci­dade de entregar resultados em serviços essenciais à população. Entre as dez primeiras colocadas no ranking geral do DGM 2020, destacam-se oito cidades do in­terior de São Paulo e duas do Paraná. Para uma das coordena­doras do estudo, a economista sênior da Macroplan, Adriana Fontes, as cidades precisam ino­var para lidar com a falta de re­cursos e a pressão da sociedade por mais e melhores resultados.

“Enquanto alguns municí­pios focam na agenda de curto prazo, outros conseguem su­perar as adversidades do atual cenário com planejamento, foco e cooperação. Gerir com base em evidências, buscar as boas práticas de outras cidades e dar continuidade a políticas públicas exitosas é fundamental para evitar desperdícios de re­cursos”, afirma.

Educação
A aferição do IDGM Edu­cação reúne indicadores de matrículas em creche e pré-es­cola e Ideb do ensino funda­mental I e II.

Saúde
O IDGM Saúde reúne os in­dicadores de mortalidade infan­til, acesso à assistência pré-natal, atenção básica à saúde e morta­lidade prematura por doenças crônicas.

Segurança
O IDGM Segurança avalia a taxa de homicídios e mortalida­de por acidente de trânsito.

Saneamento
O IDGM Saneamento e Sustentabilidade reúne os in­dicadores de acesso à esgoto, água e lixo.

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