Tribuna Ribeirão
Saúde

RP já soma 1.650 casos de dengue

Imunizante desenvolvido é voltado para gestantes (Reprodução)

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 13 de feve­reiro, pelo secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, na Câmara de Vereadores, Ri­beirão Preto já tem 1.650 casos de dengue neste ano. A quan­tidade de vítimas do Aedes ae­gypti – transmissor da doença, do zika vírus e das febres chi­kungunya e amarela (na área urbana) – já é 48,6% superior aos 1.100 registrados no pri­meiro bimestre de 2019, com 540 ocorrências a mais.

No ano passado, foram 259 casos em janeiro e 851 em feve­reiro. No primeiro mês de 2019, segundo o Boletim Epidemio­lógico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) divulgado no dia 3 – o próximo deve sair nesta sexta-feira (14) –, foram 876 ocorrências. Ou seja, a pas­ta confirmou mais 774 do dia 1º até ontem. Scarpelini voltou a pedir a colaboração da popu­lação, lembrando que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas e cabe ao mo­rador eliminá-los.

Também ressalta que o Ín­dice de Breteau em Ribeirão Preto fechou janeiro em 13,8% – mede a quantidade de cria­douros e a infestação do Aedes aegypti. A escala para avaliar a proliferação do mosquito diz que até 1% as condições são sa­tisfatórias, de 1% a 3,9% já co­loca o município em situação de alerta e superior a 4% já há risco de surto de dengue. Sig­nifica que de cada 100 imóveis, em 13 há larvas do vetor.

Ribeirão Preto está no nível 2 da escala do Ministério da Saúde, que vai de zero a três – quando atinge o máximo signi­fica epidemia. Ou seja, o risco de surto de dengue no mu­nicípio neste ano é iminente. Duas crianças morreram em decorrência da doença em 2019. A menina Maria Ga­briela Quintino, de oito anos, foi a óbito em 15 de janeiro, vítima de hemorragia intes­tinal causada pela dengue – mãos o caso é importado, pois foi infectada em São Simão. Já o menino Denis Bryan Souza Rodrigues, de 10 anos, fale­ceu em 1º de fevereiro.

No ano passado, três pes­soas morreram em Ribeirão Preto vítimas de dengue he­morrágica. A cidade não re­gistrava óbito em decorrência da doença desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus transmitidos pelo Ae­des aegypti. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento da Secretaria Municipal da Saúde, a cidade registrou 14.421 casos de dengue no ano passado. Os dados foram atualizados em ja­neiro, quando chegaram os re­sultados de exames pendentes de 2019. São 14.150 ocorrên­cias a mais que os 271 de 2018, alta de 5.221%, cerca de 52 ve­zes superior – a quarta maior marca desde 2009.

Em 2017, foram registrados 246 casos, o volume mais bai­xo dos últimos doze anos. Em 2014 foram 398 registros. Nos demais oito anos os casos con­firmados foram superiores a mil, em alguns deles passando de dez mil registros, como em 2016 (de 35.043 casos, maior surto da história da cidade), 2010 (de 29.637), 2011 (de 23.384) e 2013 (de 13.179). O terceiro menor registro de ca­sos ocorreu em 2012, com 317. Ribeirão Preto também cons­tatou 1.700 casos em 2009 e 4.689 em 2015.

O município acumula 124.935 casos de dengue e pelo menos cinco grandes epide­mias em pouco mais de onze anos, desde 2009. Pior: o nú­mero de vítimas do Aedes ae­gypti, o mosquito transmissor, pode ser quatro vezes superior e passar de 499 mil, segundo a Divisão de Vigilância Epide­miológica da Secretaria Mu­nicipal de Saúde. Um estudo divulgado durante as últimas epidemias indica que, para cada caso confirmado da do­ença, outros três não são noti­ficados. Neste caso, o número de infectados pode chegar a 499.740 pessoas em onze anos.

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