Chamada geral – QAP, QRV
Há muito tempo, quando Ribeirão Preto estava prestes a ter epidemias diversas, inclusive as transmitidas por ratos e também com o constante perigo dos escorpiões, a prefeitura não possuía condições financeiras para arcar com um trabalho geral de limpeza dos terrenos baldios, praças e mesmo dos canteiros das avenidas.
Junto e misturado
A administração solicitou uma reunião em que participaram fazendeiros, usineiros e todos aqueles que possuíssem máquinas para corte do mato e de grama. O pessoal do PX Clube, que funcionava anexo à Casa da Cultura, no Mosteiro de São Bento, participou ativamente. As unidades dos participantes faziam uma “varredura” e identificavam os locais onde existia mato, criadouros de pernilongos, ratos e escorpiões.
Trabalho em equipe
A coordenadoria da prefeitura anotava e passava para as equipes, reforçadas por máquinas, além daquelas que o município possuía. Ninguém procurou a administração para cobrar combustível ou outro tipo qualquer de ajuda. Muitos colocaram seus funcionários à disposição e, em poucas semanas, fizeram uma limpeza profilática evitando tantos problemas para a saúde pública.
Desratização
Quando o doutor Luis Carlos Raya era secretário municipal da Saúde, resolveu atacar os terrenos baldios abandonados e mesmo casas que eram “tombadas”, mas que acumulavam todo o tipo de sujeira, latas, papéis velhos, etc. Ele colocava placa com os avisos sobre os perigos de crianças brincarem naqueles locais, pois corriam o risco de se envenenarem. Equipes da secretaria visitavam as casas vizinhas e avisavam as famílias sobre os problemas, que se dissipariam em poucos dias. Foi um sucesso.
Pulverizadores
Em outra época, quando os perigos continuavam a rondar alguns bairros em que o Índice de Breteau estava alto – a quantificação do Aedes aegypti por metro quadrado era exorbitante –, resolveram pulverizar as regiões mais atingidas pelos mosquitos com venenos próprios para eles, à base de piretroide ou coisa parecida. Os carros com alto falantes passavam avisando aos moradores que retirassem animais, gaiolas de passarinhos, galinhas, etc. e principalmente as crianças no momento da pulverização. Houve uma redução substancial do perigo e a cidade não foi vítima de epidemia de dengue, febre amarela ou qualquer outro tipo de vírus transmitido pelo mosquito. Isso é política pública.