Tribuna Ribeirão
Economia

Copom reduz juros básicos para 4,25%

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) dimi­nuiu os juros básicos da eco­nomia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 4,25% ao ano, com cor­te de 0,25 ponto percentual. A decisão era esperada pelos analistas financeiros, segun­do a pesquisa Focus do BC, que pretende interromper este ciclo.

“O Copom entende que o atual estágio do ciclo eco­nômico recomenda caute­la na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o comitê vê como adequada a interrup­ção do processo de flexibili­zação monetária”, ressalta o texto. A nota do BC também pede a manutenção das refor­mas estruturais da economia brasileira, de modo a manter os juros em níveis baixos por muito tempo.

Com a decisão desta quarta-feira, 5 de fevereiro, a Selic está no menor nível des­de o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outu­bro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa che­gasse a 6,5% ao ano em mar­ço de 2018, só voltando a ser reduzida em julho de 2019.

Inflação
A Selic é o principal ins­trumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2019, o indicador fechou em 4,31%, o maior resultado anual desde 2016. A inflação foi impulsionada pela alta do dólar e pelo preço da carne, mas continua abaixo do teto da meta. O IPCA de janeiro será divulgado nesta sexta­-feira (7).

Para 2020, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4%, com margem de tole­rância de 1,5 ponto percentu­al. O IPCA, portanto, não po­derá superar 5,5% neste ano nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com interva­lo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezem­bro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA continuará abai­xo de 4% nos próximos anos, atingindo 3,5% em 2020 e 3,4% em 2021 e 2022. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com insti­tuições financeiras divulga­da pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,4%, mesmo com a alta recente do dólar e da carne.

Crédito mais barato
A redução da taxa Selic es­timula a economia porque ju­ros menores barateiam o cré­dito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Infla­ção, o BC projetava expansão da economia de 2,2% para este ano. As estimativas estão em linha com as do mercado. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos preve­em crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços pro­duzidos pelo país) em 2020.

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