Alex Ramos Neves
Alex Ramos Neves iniciou sua vida sindical em 1988 no Sindicato dos Bancários em São Paulo. Sua carreira profissional inclui os cargos de agente administrativo da Fundação CASA, caixa no Banco do Brasil, monitor da extinta Fundação Educacional e do Bem Estar do Menor (Febem) e caixa recebedor da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp).
É servidor municipal em Ribeirão Preto – agente de fiscalização – com 25 anos de serviço público. Lotado há dez anos na Secretaria Municipal da Fazenda já atuou como fiscal na Coordenadoria de Limpeza Pública (CLU).
Tribuna Ribeirão – Porque os servidores municipais devem votar no Senhor?
Alex Ramos Neves – A Chapa 03 – SINDLUTA reúne servidores municipais que desejam mudanças na política sindical adotada pela atual diretoria e que se reuniram semanalmente nos últimos meses para elaborar coletivamente um manifesto por um novo sindicalismo para os servidores municipais. Durante este processo a diretoria atual publicou o edital convocando as eleições dando um prazo de 5 dias para que as chapas se registrassem. Coletivamente decidimos pela participação e formação da chapa e democraticamente definimos as candidaturas, cabendo a mim a presidência. Temos como princípio restaurar o nosso sindicato, para que volte a ser combativo e defensor dos direitos dos trabalhadores e resgatar junto à população de nossa cidade a imagem do servidor público municipal, que é parte desta sociedade e deve ter o seu valor reconhecido. Votando na Chapa 3 – SindLuta, os servidores terão à frente do sindicato pessoas comprometidas e de luta, prontos para mobilizarem a categoria que sofre com a precarização do setor público e sente como todos os trabalhadores as ações maléficas da política neo-liberal aplicada pelos governos municipal, estadual e federal. Serei um representante fiel dos interesses dos servidores municipais e tenho o compromisso junto com nossa diretoria de resgatar a dignidade dos servidores e servidoras e também do serviço público de qualidade.
Caso seja eleito, que ações e projetos o senhor pretende implementar em benefício da categoria?
Alex Ramos Neves – Nós da Chapa 03 – SINDLUTA, propomos um Sindicato onde a base tenha verdadeiramente vez e voz para que tenhamos uma ampla representatividade a partir da unidade da categoria na luta concreta por suas reivindicações. Percorreremos cada posto de trabalho, ouviremos as demandas e as possíveis soluções dos companheiros e faremos o possível para, a partir da mobilização da categoria, impedir que o atual governo e os subsequentes, continuem com a destruição dos serviços públicos que tem sido alvo dos três níveis de governo, como, por exemplo, a Reforma Previdenciária.
Como o senhor analisa a relação do governo municipal com os servidores da ativa, aposentados e pensionistas municipais?
Alex Ramos Neves – Infelizmente o atual governo municipal, tem se mostrado um tanto quanto autoritário. Tem se posicionado unilateralmente não levando em consideração as demandas e necessidades dos trabalhadores e sempre que se sente contrariado em suas iniciativas parte para o Judiciário, ou seja, é a judicialização da política. Não há diálogo com o servidor.
Laerte Carlos Augusto
Laerte Carlos Augusto, 56 anos, está no serviço público há quase 30 anos. Formado em Gestão Pública, participa de conferências nacionais e foi conselheiro municipal da Saúde por dois mandatos.
Atualmente está na presidência do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis e foi responsável por liderar a maior greve de servidores da história da cidade, que durou 24 dias e, segundo ele, com a realização de assembleias com mais de seis mil trabalhadores.
Tribuna Ribeirão – Porque os servidores municipais devem votar no senhor?
Laerte Carlos Augusto – A Chapa 1 é formada pelo melhor time para comandar a missão de combater a ofensiva que o Governo faz para flexibilizar direitos trabalhistas e para acabar com o serviço público municipal. A Chapa 1 é a que melhor conhece os problemas dos servidores e a solução para os nossos desafios. As outras chapas, cada qual com seu discurso, representam o Governo Nogueira e a divisão da categoria. A Chapa que representa os anseios, os interesses e a luta dos servidores é a Chapa 1. A Chapa 1 foi construída em defesa da unidade e da luta dos trabalhadores — experimentada e aprovada pelos servidores nos momentos mais difíceis. A Chapa 1 é a única que representa uma união ampla, representativa, democrática e includente, uma conquista da categoria. Defendemos a unidade e a luta como instrumentos inseparáveis para conquistas e mobilizações dos servidores na resistência às agressões aos seus direitos.
Caso seja eleito, que ações e projetos o senhor pretende implementar em benefício da categoria?
Laerte Cesar Augusto – Temos muitas outras propostas para todos os setores da prefeitura, como por exemplo: Guarda Civil Metropolitana: pagamento de um plantão de 12 horas, mais um dia de vale alimentação, pagamento do Vale Alimentação de 12 horas diurnas, no mesmo valor pago para o noturno, investimento em equipamentos de trabalho, inclusive arma de fogo e pagamento da licença prêmio. Seccional da Secretaria da Assistência Social: pagamento da gratificação prevista na Lei Complementar nº. 2.517/12 para todos os motoristas que prestam serviços na secretaria da Assistência Social, tendo em vista que todos os motoristas executam as mesmas funções dos que já recebem a referida gratificação. Pagamento da gratificação prevista na Lei Complementar nº. 2.517/12 para todos os cozinheiros, Agentes Operacionais e Assistentes Sociais, que prestam serviços nos Núcleos da Secretaria de Assistência Social, extensão da Gratificação para todos os Servidores dos Núcleos da Terceira Idade tendo em vista que todos executam as mesmas funções dos Educadores Sociais que já recebem a referida gratificação. Seccional do Daerp – Correção do nível e da classe dos motoristas no PCSS, corrigir para o nível 7 concurso Público para Agente Comercial Entregador Leiturista, Agente Administrativo, Operador de Sistema de Água e Operador de retro Escavadeira para suprir as necessidades do setor. Que a gratificação prevista em lei seja estendida a todos os servidores do DAERP que ocupam o mesmo cargo e exercem as mesmas funções, inclusive os da área de tributos. Essa são apenas algumas das propostas.
Como o senhor analisa a relação do governo municipal com os servidores da ativa, aposentados e pensionistas municipais?
Laerte Cesar Augusto – O prefeito Nogueira, em 2020, fará tudo para sair da defensiva e retomar o seu projeto de flexibilização dos direitos trabalhistas e de desmonte do serviço público. Mas, a resistência crescerá e a luta para mudar os rumos do que vem acontecendo em Ribeirão Preto será muito grande. A Chapa 1 está a altura deste desafio. Nos próximos meses, a resistência dos servidores ao desmonte do serviço público vai adquirir contornos ainda mais nítidos. A frente da mobilização dos trabalhadores estará, como sempre, com o Sindicato renovado e ainda mais forte com a vitória da chapa dos trabalhadores.
Wulf Galkowicz
Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo ingressou em 1994 na Fiscalização Fazendária da Prefeitura de Ribeirão Preto. Em 2005 foi convidado para ocupar o cargo de diretor de Tributos. Em 2017, exerceu o mandato de presidente da Associação dos Fiscais Fazendários e a convite do Dr. José Victor Nonino, passou a integrar, pelo voto, a Comissão Técnica do Conselho das Entidades dos Servidores de Ribeirão Preto. É candidato pela chapa “Movimento por um Sindicato de Todos”.
Tribuna Ribeirão – Por que os servidores municipais devem votar no senhor?
Wulf Galkowicz – Em janeiro de 2019 um grupo de servidores acostumado a lutar por um serviço público de qualidade e pelos direitos dos servidores, foi surpreendido com a convocação, pela atual diretoria do Sindicato, para uma assembleia de alteração do Estatuto, sem que o texto tivesse sido previamente conhecido. A truculência e a arbitrariedade levaram ao nascimento do Movimento Por Um Sindicato de Todos – SindTds. Com essas credenciais acredita-se que os colegas possam votar na Chapa 2 para disporem de um Sindicato respeitado, transparente, apartidário, participativo e presente no dia a dia das diversas categorias, e que, principalmente, represente os servidores como um todo.
Caso seja eleito, que ações e projetos o senhor pretende implementar em benefício da categoria?
Wulf Galkowicz – O Sindicato arrecada quase R$ 9 milhões ao ano. Com essa receita extraordinária – que não se sabe exatamente como e com quem é gasta -, há muito mais a fazer pelos servidores, além dos serviços de advocacia que são atualmente oferecidos. Mais do que a farmácia e os eventos de convívio, é importante desenvolver ações que não sejam decididas única e exclusivamente pelo presidente do Sindicato, o único a decidir como e com quem essas verbas são empregadas. Por isso, a Chapa 2 – SindTds reformará o Estatuto, devolvendo a soberania das decisões à Assembleia dos Servidores e colocando o Sindicato junto ao local de trabalho. Preservará os servidores de perseguições e arbitrariedades em prol de um serviço público de qualidade, em benefício de todos.
Como o senhor analisa a relação do governo municipal com os servidores da ativa, aposentados e pensionistas?
Wulf Galkowicz – A relação do governo municipal, não só com os servidores da ativa, aposentados e pensionistas, mas também com os diferentes setores da sociedade civil, não é a esperada, já que não existe diálogo real. Sem diálogo, não há espaço para o acompanhamento e participação ativa dos interessados nas ações governamentais de planejamento de médio e longo prazo. Quando se vê a publicidade oficial do Governo na televisão, a cidade parece outra, perfeita. E, a atual diretoria do Sindicato, com sua absoluta incapacidade de diálogo e permanente disposição de afronta à Administração, vereadores e lideranças da sociedade civil. Em nada contribuiu para a solução destas questões que afetam duplamente os trabalhadores: como servidores e cidadãos. Ao longo desses últimos anos o servidor só perdeu direitos, não houve uma única conquista por parte do atual Sindicato, nem os salários foram reajustados, estando corroídos pela inflação.