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Greta Thunberg é o menor problema dos EUA

Em que pese o aparente arrefecimento de ânimos de Do­nald Trump, que ao deixar Davos recentemente, afirmou que gostaria de se encontrar com Greta Thunberg. A garota tem incomodado os Estados Unidos.

Ainda em Davos, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, foi questionado sobre o discurso de Greta para que se abandone o uso de combustíveis fósseis. Assim respondeu o secretário: “Ela é a economista-chefe? Depois de estudar eco­nomia na faculdade, ela pode voltar e explicar isso para nós”.

Infantil, nesse caso, foi o secretário, pois é evidente o uso de arrogância intelectual e acadêmico para menosprezar e desqualificar o discurso da jovem. O que ocorre nesta área, se é que existe alguma dúvida sobre o desequilíbrio ambiental, é que deveria valer a regra do benefício da dúvida. Na dúvida, melhor preservar e reduzir o uso de combustíveis fósseis.
Mas o tema aqui é outro.

Sancionado o Brexit, e com todas as medidas antiglobali­zação tomadas por Trump, o mundo caminha a passos largos para o isolamento de países nos moldes nacionalistas. Muros sobem e fronteiras são criadas com o objetivo de afastar imi­grantes e de olho nos bons tempos do passado.
Os tempos passados remetem a um Estado do Bem Estar Social vivido no hemisfério norte que nunca mais voltará. Os empregos fabris foram para a Ásia, primeiro para a China, que hoje já terceiriza para os demais países a produção do trabalho “mais sujo”, por assim dizer.

Mas a Europa e EUA detém capital, patentes, tecnologia, por isso são primeiro mundo. O que estes pretendem proteger, na verdade, é o trabalho do eleitor médio, por exemplo, aquele que teme a concorrência no trabalho de baixa qualificação.

Na América do Sul nem se mencione que pouca coisa so­bra além do fluxo de capitais que visam ganhos em curto pra­zo. E a América do Sul, tirante o calo no sapato dos EUA, que é a Venezuela, é submissa aos EUA. Isso vale para a Argentina também, que tentará conciliar calote e contrapesos sociais.

Em relação ao Irã, que vive em perigoso silêncio, não se es­pere nada de amistoso. A qualquer momento, mesmo durante o processo de impeachment de Trump, poderão surgir novida­des indesejadas afetando o cenário de aparente calmaria.

Por enquanto, analistas são unânimes em afirmar que o Se­nado Norte-Americano barra o impeachment de Trump. Mas se o cenário global mudar e algo sair do controle, como ataques que afetem o comércio internacional, tudo pode acontecer.

Países que se isolam, soberanias dos mais fracos constan­temente desrespeitadas, fraqueza da Organização das Nações Unidas (ONU) face as medidas das grandes potências, incên­dios intencionais ou não que destroem imensas áreas, o que esperar dos próximos meses de 2020?
Portanto, parece que a “pirralha” é o menor problema dos EUA e do resto do globo.

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