Tribuna Ribeirão
Cultura

‘We Are The World’ completa 35 anos

“We Are The World”, mú­sica de sucesso feita por inú­meros artistas que formaram o USA for Africa, completou 35 anos de sua gravação, nos Es­tados Unidos, em 1985, nesta terça-feira, 28 de janeiro. A ini­ciativa contou com 45 artistas e a arrecadação seria destinada a combater a fome na África.

Ao contrário do que mui­tos pensam, USA for Africa não significa “Estados Unidos pela África”, já que a sigla USA remete a “United Support of Artists”, algo como “Apoio dos artistas unidos pela África”. A ideia de “We Are The World” surgiu um mês após o lança­mento do projeto Band Aid

A proposta promoveu a gravação do compacto “Do They Know It’s Christmas?”, feito por artistas ingleses como Paul McCartney, Sting, David Bowie, Phil Collins e Boy Ge­orge, que teve R$ 56 milhões arrecadados para ações sociais na Etiópia. Quincy Jones, ma­estro e produtor de “We Are The World”, pediu que Michael Jackson e Lionel Richie com­pusessem a música-tema do USA for Africa.

A dupla passou quatro dias “trancada” em uma casa até que a canção estivesse pronta. Quatro dias antes da grava­ção, Jones enviou a cada artis­ta participante uma fita com a música em estado bruto e a indicação dos versos que cada um deveria cantar.

Na noite de gravação, em 28 de janeiro de 1985, mais de 200 artistas queriam par­ticipar, mas apenas 45 nomes foram selecionados. O único que não participou da grava­ção foi Prince, que tinha outros compromissos na data. No­mes como Ray Charles, Stevie Wonder, Cyndi Lauper, Bruce Springsteen e Tina Turner esti­veram presentes.

Após a gravação, a festa no estúdio da A&M, na ave­nida La Brea, em Los Angeles (EUA), atravessou a madru­gada. “Foi uma noite agitada. Eu me comportava como um fã de todos aqueles artistas, e tenho certeza que muita gen­te fazia o mesmo”, comentava Lionel Richie no dia seguinte.

“Mas a coisa mais impor­tante da noite foi o que dizia um dos versos da música: tem gen­te morrendo. Todos os artistas do país estavam intimidados a fazer alguma coisa pelos que estão sofrendo”, prosseguiu o cantor. Apesar de o lançamen­to oficial da música ter ocor­rido em 7 de março de 1985, o disco de We Are The World chegou ao Brasil somente em abril, contando também com nove músicas inéditas no País feitas por artistas participantes da gravação.

“Versão brasileira”
No embalo de “We Are The World”, diversos artistas se reu­niram para fazer uma “versão brasileira” da iniciativa, com a música “Chega de Mágoa”, que ajudaria a população da região Nordeste, gravada em 13 de maio de 1985. A iniciativa foi chamada de “Nordeste Já”.

A ideia surgiu por parte de Aquiles, do MPB4, então pre­sidente do Sindicato dos Músi­cos do Rio de Janeiro. A pro­dução também contou com a ajuda de Téo Lima, baterista do cantor Djavan. A gravação foi feita no Multi Studio, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A letra foi feita por Caetano Ve­loso, Chico Buarque, Fagner, Vinicius Cantuária, Erasmo Carlos e Roberto Carlos, com música de Gilberto Gil.

Além deles, nomes como Tim Maia, Rita Lee, Maria Be­thânia, Djavan, Gal Costa, Fafá de Belém, Elba Ramalho, Emi­linha Borba, Elizeth Cardoso, Pepeu Gomes e Roger, do Ul­traje a Rigor, também estive­ram presentes na campanha. O compacto foi vendido em 2,8 mil agências da Caixa Econô­mica Federal espalhadas pelo País, vendidas a 10 mil cruzei­ros (dinheiro da época) cada.

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