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BC reteve 440 mil notas falsas de real em 2019

Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)
 Em um mundo de tran­sações financeiras cada vez mais digitais, quase 440 mil cédulas de reais falsifica­das ainda foram retidas pelo Banco Central no ano passa­do. A quantidade representa o equivalente a R$ 27,7 mi­lhões de um dinheiro que, na verdade, não vale nada.
O número de 2019 – ain­da parcial – representa uma queda de 21,2% em relação ao verificado em 2018, quan­do 557,5 mil cédulas foram retidas pelo BC. Conforme a instituição, as estatísticas referentes a 2019 ainda não estão consolidadas, porque há uma defasagem entre a apreensão da cédula, o en­caminhamento à autoridade monetária e o exame de au­tenticidade.
Assim, o número final do ano passado somente estará disponível ao longo do pri­meiro semestre de 2020. De acordo com a autoridade mo­netária, as cédulas identifi­cadas como falsas podem ter três origens. Primeiro, elas podem ter sido identificadas pelos bancos como suspeitas, em operações com pessoas físicas e empresas, e encami­nhadas para exame no BC.
Em segundo lugar, elas podem ter sido identificadas como falsas nos depósitos dos próprios bancos. Por último, as cédulas podem ter sido retidas por órgãos policiais em operações di­versas. Entre as notas mais falsificadas em 2019 estão as com valores maiores, como ocorre tradicionalmente.
A campeã é a nota de R$ 100 da segunda família do real, com aproximadamen­te 175 mil falsificações. Já as notas de R$ 50 da segunda família somaram perto de 68 mil falsificações. Essa segun­da família de notas do real foi lançada em 2010, a partir das cédulas de valor mais alto (R$ 100 e R$ 50).
A maior parte das notas em circulação hoje é justa­mente desta família, e não da primeira família do real, que surgiu em 1994. Apesar de não serem mais produzi­das, as cédulas da primeira família seguem em circula­ção e podem ser aceitas nor­malmente.
Os dados parciais do BC mostram que o Estado de São Paulo apresentou o maior índice de notas fal­sificadas. No ano passado, 149,2 mil cédulas foram apreendidas pela autorida­de monetária, o que corres­ponde a 34% do total. Na sequência aparecem Minas Gerais, com 56,3 mil cédulas falsificadas (13% do total), Rio de Janeiro, com 39,5 mil unidades (9%) e Rio Grande do Sul, com 28,6 mil (7%).
Os Estados com menos notas falsificadas apreendi­das foram Amapá (264 uni­dades) e Acre (199 notas) – regiões onde a população e o dinheiro físico em circulação também são de montantes menores. Conforme o BC, as notas falsas recolhidas do sistema bancário são inicial­mente analisadas, já que as formas de falsificação servem de subsídio para ações da au­tarquia e para o projeto de novas cédulas.
“Após a análise, as cédulas são arquivadas, já que podem servir como provas para a condenação dos falsários”, explicou o BC por meio de sua assessoria de imprensa. No caso das moedas, a falsi­ficação ocorre, mas não che­ga a ser relevante – mesmo porque, os valores de face são baixos e há o custo de cunha­gem. Assim, os dados estatís­ticos não chegam nem mes­mo a ser publicados pelo BC.

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