Contabilidade eleitoral
Dois vereadores conversavam semana passada sem que percebessem a presença do repórter. Faziam prospecções a respeito do pleito e das articulações dos líderes partidários para as próximas eleições. Comentavam sobre alguns partidos que estavam propensos a colocar candidatos à disposição para o pleito de outubro, e que depois de algumas conversas com próceres partidários de São Paulo souberam que futuros “prefeitos” locais haviam acertado a retirada dos pretensos ocupantes do Palácio Rio Branco da disputa. Tudo armadinho.
Herdeiros do prejuízo
Os pré-candidatos à vereança serão os herdeiros do prejuízo. Se estavam com o terno para vestir no altar, as articulações passam pela não reeleição de muitos dos atuais vereadores e pela vitória de alguns novos. Com a redução de cinco edis, dos atuais de 27 para 22 (um tiro no pé), as dificuldades aumentaram.
Peso de Nogueira
O peso de Duarte Nogueira (PSDB) é muito grande nas articulações partidárias e suprapartidárias. Acostumou-se às negociações dos altos escalões e sempre conseguiu o que pretendeu. Agora, é mais patente o seu peso. Conta ainda com uma oposição sem definições em que todos os pré-candidatos querem união, desde que ele seja o preferido. Para “tirar o veneno” dos concorrentes fingem não querer o cargo, mas se o “cavalo passar arreado todos irão querer montar no corcel encantado”. Desde que o eleitorado autorize.
Rejeição
Os do contra comentam a possível rejeição de Nogueira, no entanto, reconhecem a eficácia da publicidade no ano eleitoral que ele possui dentro dos parâmetros legais. Se nada ocorrer que venha a reduzir o poder de fogo da candidatura Nogueira, que continua a negar ser candidato, ele poderá ser eleito no primeiro turno. Isto se o pessoal continuar a discutir sexo dos anjos. Ele não brinca em serviço, querendo ou não os adversários.