O ano letivo ainda nem começou, mas o gasto com a educação dos filhos já causa dor de cabeça entre os pais. Na busca pelo caderno ou mochila mais em conta, as famílias recorrem as negociações coletivas, compra ou troca de itens usados e grupos nas redes sociais. A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) estima alta de 8% nas papelarias – acima da inflação oficial, que deve ficar em cerca de 4%. Mas uma pesquisa bem feita pode trazer alívio ao bolso: na cidade de São Paulo, o valor dos produtos chega a variar 333%, segundo o Procon paulista.
A maior diferença encontrada pelo Procon em termos percentuais foi de 333% na borracha látex branca da Faber Castell, que em um estabelecimento foi encontrado por R$ 2,60 e no outro por R$ 0,60. Em números absolutos, a maior diferença, de R$ 35,40, foi registrada na caneta hidrográfica Pilot 850L Junior 12 cores. Em um estabelecimento era vendida por R$ 59,90 e em outro, por R$ 24,50.
Segundo a especialista em defesa do consumidor do ProconSP, Valéria Garcia, este ano as diferenças continuam muito elevadas. “Principalmente nos itens menores, onde o consumidor não percebe”.
A Fundação Procon recomenda aos consumidores, antes de ir às compras, verificar quais dos produtos da lista de material o consumidor já possui em casa e, ainda, se estão em condição de uso, evitando assim compras desnecessárias. Outra dica é promover a troca de livros didáticos entre estudantes, o que também garante economia.
De acordo com Garcia, os livros didáticos são os itens que mais encarecem o material escolar. “Mas, dentro da nossa pesquisa (que não fez o levantamento dos livros didáticos) são os cadernos, porque é uma quantidade grande, têm um preço alto e geralmente as crianças e os adolescentes querem os cadernos mais caros”.